Ácaros na Soja: Como Identificar, Monitorar e Controlar
Ácaros na soja: entenda o que são, principais espécies, danos causados e como realizar o manejo eficiente para não perder produtividade
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O termo “Ácaro na Soja” refere-se ao complexo de pragas da classe dos aracnídeos que atacam a cultura da soja, causando danos significativos à produtividade das lavouras brasileiras. Historicamente considerados pragas secundárias, os ácaros — com destaque para o Ácaro-Rajado (Tetranychus urticae) e o Ácaro-Vermelho (Tetranychus ludeni) — assumiram status de pragas primárias em diversas regiões produtoras, especialmente em cenários de desequilíbrio biológico e condições climáticas de altas temperaturas e baixa umidade (veranicos). Esses organismos fitófagos são minúsculos e alojam-se preferencialmente na face inferior das folhas, onde perfuram as células vegetais para sugar o conteúdo celular. O ataque resulta na redução da taxa fotossintética, manifestando-se visualmente através de pontuações cloróticas (amarelamento) e, em casos severos, necrose e desfolha prematura. No contexto do agronegócio brasileiro, o manejo assertivo deste complexo é vital, pois o ataque severo durante a fase de enchimento de grãos pode comprometer drasticamente o rendimento final da safra.
Monitoramento Específico: Realização de vistorias focadas no terço médio e superior da planta, utilizando lupas de bolso (aumento de 20x ou 30x) para visualização das colônias, já que o pano de batida é pouco eficiente para esta praga.
Identificação de Espécies: Diferenciação técnica entre as espécies (como o Ácaro-Rajado, que produz teia, e o Ácaro-Branco ou Vermelho) para a escolha correta da estratégia de controle.
Manejo de Resistência: Rotação de princípios ativos com diferentes modos de ação para evitar a seleção de populações resistentes, uma prática crítica dado o ciclo de vida curto da praga.
Controle Cultural e Biológico: Implementação de práticas que favoreçam inimigos naturais e eliminação de plantas daninhas hospedeiras dentro e ao redor da lavoura.
Tomada de Decisão: Definição do momento exato de entrada com defensivos baseada em níveis de controle (presença de colônias e sintomas iniciais) antes que ocorra a formação de “reboleiras”.
Preservação da Área Foliar: Manutenção da capacidade fotossintética da planta, essencial para o enchimento de grãos e peso final da saca.
Redução de Custos Operacionais: A identificação precoce evita aplicações calendarizadas desnecessárias, otimizando o uso de maquinário e insumos.
Aumento da Produtividade: Prevenção da desfolha precoce, garantindo que a planta complete seu ciclo reprodutivo com vigor, maximizando o potencial produtivo da cultivar.
Sustentabilidade do Sistema: O manejo correto, integrando controle biológico e químico racional, preserva a fauna benéfica e prolonga a vida útil das tecnologias de controle disponíveis.
Qualidade do Grão: Plantas sadias e livres de estresse por pragas geram grãos
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