Adubação para Algodão: Guia Prático para Aumentar sua Produtividade
Adubação para Algodão: Exigências nutricionais da planta épocas favoráveis e recomendações para alcançar mais produtividade na lavoura!
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A adubação de algodão consiste no manejo nutricional estratégico para suprir as altas demandas do algodoeiro, uma cultura que exige fertilidade elevada para expressar seu potencial genético e qualidade de fibra. No cenário brasileiro, onde a produção triplicou nos últimos anos impulsionada pelo melhoramento genético, essa prática é fundamental, pois as variedades modernas de alta produtividade são extremamente sensíveis a estresses e deficiências nutricionais. O processo não se resume apenas à aplicação de fertilizantes NPK, mas inicia-se obrigatoriamente com a correção profunda do solo para neutralizar o alumínio tóxico, elemento ao qual a planta é intolerante.
O planejamento da adubação deve estar estritamente alinhado à fenologia da planta, que possui um sistema radicular de crescimento inicial rápido, porém com período vegetativo curto (40 a 45 dias). A estratégia visa construir um perfil de solo fértil e disponibilizar nutrientes nos momentos críticos de absorção, garantindo que a planta tenha reservas suficientes para suportar a carga de estruturas reprodutivas (maçãs e capulhos). Uma nutrição desbalanceada ou fora de época impede que a lavoura atinja os patamares de produtividade esperados, especialmente considerando que a planta prioriza o envio de energia para os frutos em detrimento das raízes na fase reprodutiva.
Curva de absorção variável: O acúmulo de nutrientes é lento nos primeiros 25 dias após o plantio, acelerando drasticamente entre o surgimento do primeiro botão floral e a abertura da primeira flor.
Alta demanda de Potássio (K): Durante o pico do florescimento, a planta chega a absorver cerca de um terço de todo o potássio necessário para o ciclo em um intervalo de apenas 14 dias.
Janela crítica de nutrição: Aproximadamente 60% de todos os nutrientes essenciais são demandados e absorvidos no intervalo específico entre o início do florescimento e a formação dos capulhos.
Sensibilidade à acidez: O algodoeiro requer um ambiente radicular livre de alumínio tóxico e com pH corrigido, tornando a calagem e a gessagem pré-requisitos para a eficiência da adubação.
Competição por fotoassimilados: Na fase reprodutiva, flores e frutos tornam-se drenos fortes de energia, reduzindo drasticamente a taxa de crescimento das raízes e a capacidade de buscar nutrientes no solo.
Meta de Saturação por Bases: Para o algodoeiro, o ideal é buscar uma saturação por bases (V%) de 60% através do cálculo de necessidade de calagem, garantindo disponibilidade de Cálcio e Magnésio.
Interpretação de Análise de Solo: Os níveis ideais de Fósforo e Potássio não são fixos; eles variam conforme a textura do solo (teor de argila) e a Capacidade de Troca de Cátions (CTC).
Timing é crucial: Devido à rapidez da absorção no pico de florescimento, qualquer atraso na disponibilização dos nutrientes pode causar perdas irreversíveis de produtividade.
Proteção contra estresse: Uma planta bem nutrida possui maior tolerância a condições adversas, como veranicos ou ataques de pragas, funcionando a adubação como um fator de mitigação de riscos.
Limitação radicular: Como o sistema radicular do algodão não é muito extenso e foca no crescimento nos primeiros 45 dias, a correção do solo em profundidade é vital para o aproveitamento da água e dos fertilizantes.
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