Deficiência nutricional no cafeeiro: como identificar e corrigir
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A adubação de café consiste no conjunto de práticas de manejo nutricional planejadas para suprir as demandas fisiológicas do cafeeiro, garantindo seu pleno desenvolvimento vegetativo e reprodutivo. No contexto da cafeicultura brasileira, onde os solos frequentemente apresentam acidez e baixa fertilidade natural, a reposição de nutrientes é um fator determinante para a produtividade e a qualidade dos grãos. O processo envolve a aplicação equilibrada de macronutrientes (como Nitrogênio, Fósforo e Potássio) e micronutrientes essenciais, baseando-se em análises de solo e foliares para determinar as doses exatas.
Esta prática representa uma parcela significativa do custo de produção, podendo chegar a 20% das despesas totais da lavoura. O manejo nutricional deve respeitar a fenologia da planta, intensificando-se nos períodos de maior demanda metabólica, como a floração e o enchimento de grãos. A eficiência da adubação depende não apenas da quantidade aplicada, mas da escolha correta da fonte do nutriente (sólida ou líquida), do local de aplicação e do momento climático adequado, visando minimizar perdas por volatilização ou lixiviação.
Alta Demanda de Nitrogênio: O Nitrogênio é o nutriente mais exigido pelo cafeeiro para o crescimento vegetativo e produção, sendo também o mais exportado na colheita, demandando reposição constante e parcelada.
Importância dos Micronutrientes: Além do NPK, a cultura é altamente responsiva a micronutrientes específicos, com destaque para Boro, Zinco, Cobre, Manganês e Ferro, que atuam em processos vitais como a formação de clorofila e estruturação celular.
Parcelamento da Aplicação: Devido à alta pluviosidade nas regiões produtoras e à mobilidade dos nutrientes no solo, a adubação (especialmente a nitrogenada e potássica) é geralmente dividida em várias aplicações entre setembro e março.
Diversidade de Fontes: O manejo pode ser realizado com adubos sólidos convencionais ou adubos líquidos (fluidos), sendo que estes últimos oferecem maior agilidade de absorção e uniformidade, embora exijam cuidados operacionais específicos.
Mobilidade Nutricional: A planta redistribui nutrientes móveis (como N, P, K, Mg) das folhas velhas para as novas, enquanto a deficiência de nutrientes pouco móveis (como Ca, B, Fe) manifesta-se primeiramente nos tecidos jovens.
Lei do Mínimo: A produtividade do cafezal será limitada pelo nutriente que estiver em maior escassez, independentemente da abundância dos demais; o equilíbrio nutricional é mais importante que o excesso de um único elemento.
Diagnóstico Visual: A identificação de deficiências pode ser feita pela observação das folhas; clorose (amarelecimento) em folhas velhas geralmente indica falta de Nitrogênio ou Magnésio, enquanto deformações em folhas novas podem sinalizar falta de Boro ou Zinco.
Riscos de Perdas: A adubação nitrogenada, principalmente com ureia, sofre altas perdas por volatilização (gás) e lixiviação (lavagem pela chuva); o uso de fontes estabilizadas ou adubos líquidos pode mitigar esses efeitos.
Compatibilidade de Misturas: Ao optar por adubação líquida, é crucial verificar a compatibilidade química entre os produtos no tanque para evitar a formação de borras, entupimento de bicos e ineficácia da aplicação.
Correlação com a Produtividade: A dose de adubo deve ser ajustada conforme a carga pendente e a expectativa de safra; lavouras com alta produtividade (ex: acima de 60 sacas/ha) exigem reposição nutricional proporcionalmente maior para evitar o depauperamento da planta.
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