Ureia Agrícola: Como Aplicar e Evitar Perdas
Ureia agrícola: aprenda como e quando aplicar, doses recomendadas por cultura, técnicas para reduzir perdas de nitrogênio e maximize a eficiência do adubo. G...
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A adubação de cobertura no milho consiste na aplicação suplementar de fertilizantes, predominantemente nitrogenados, após a emergência da cultura, visando suprir a alta demanda nutricional que a planta apresenta durante seus estádios de crescimento vegetativo rápido. No cenário agrícola brasileiro, esta prática é fundamental, pois a quantidade de nitrogênio aplicada na base (semeadura) geralmente não é suficiente para sustentar o ciclo completo da cultura, especialmente em híbridos de alto potencial produtivo que exigem grandes aportes de nutrientes para expressar sua genética.
O momento ideal para esta operação geralmente se concentra entre os estádios fenológicos V4 e V8 (quatro a oito folhas totalmente desenvolvidas). É nesta fase que a planta define componentes cruciais de rendimento, como o tamanho potencial da espiga e o número de fileiras de grãos. A estratégia visa sincronizar a disponibilidade do nutriente no solo com o pico de absorção da planta, minimizando perdas por lixiviação ou volatilização, que são comuns em solos tropicais sob regimes de chuvas intensas ou calor excessivo.
Alta dependência de fontes nitrogenadas, sendo a ureia a mais utilizada no Brasil devido à sua concentração elevada (entre 44% e 46% de N) e custo-benefício favorável.
Correlação direta com a fenologia da planta, com foco crítico no estádio V5, momento em que o potencial produtivo da espiga está sendo fisiologicamente determinado.
Necessidade estrita de condições climáticas específicas, exigindo umidade no solo ou previsão de chuva/irrigação logo após a aplicação para garantir a incorporação do nutriente.
Flexibilidade de manejo que permite o parcelamento da dose total recomendada em duas ou mais aplicações, visando aumentar a eficiência de absorção.
Impacto visual e fisiológico rápido na lavoura, promovendo o vigor vegetativo e a manutenção da área foliar verde, essencial para a fotossíntese e enchimento de grãos.
A aplicação de ureia em cobertura sobre solo úmido, sem a ocorrência de chuva ou irrigação imediata na sequência, acelera drasticamente a volatilização (perda de nitrogênio na forma de gás amônia).
Deve-se evitar a aplicação do fertilizante quando as folhas do milho estiverem molhadas (por orvalho ou chuva leve), pois o contato do grão de ureia com a água na folha pode causar queimaduras graves nos tecidos da planta.
O parcelamento da adubação é uma estratégia técnica recomendada para mitigar perdas tanto por lixiviação (em caso de chuvas torrenciais) quanto por volatilização (em dias de calor intenso).
A partir do estádio V7 até o pendoamento, a taxa de absorção de nitrogênio pelo milho atinge seu nível máximo; atrasos na aplicação de cobertura nesta janela podem comprometer irreversivelmente a produtividade.
A condição ideal para maximizar o investimento é aplicar o fertilizante sobre o solo seco, antecedendo uma precipitação pluvial ou irrigação, o que transporta o nitrogênio diretamente para a zona radicular.
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