Adubo para Feijão: O Guia Completo para uma Adubação de Alta Produtividade
Adubo para Feijão: veja que adubar de forma correta, com estratégias certeiras, pode permitir as produções esperadas em seu cultivo.
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A adubação de feijão consiste no manejo nutricional estratégico planejado para suprir as demandas específicas dessa cultura, caracterizada por seu ciclo vegetativo curto e alta exigência em disponibilidade imediata de nutrientes. No contexto do agronegócio brasileiro, onde os solos frequentemente apresentam acidez elevada e baixos teores naturais de fertilidade, essa prática vai além da simples aplicação de fórmulas NPK, englobando etapas cruciais de correção e condicionamento do perfil do solo.
Diferente de culturas perenes ou de ciclo longo, o feijoeiro possui uma janela de tempo muito estreita para absorver água e nutrientes e convertê-los em produtividade. Por isso, a adubação de feijão deve ser extremamente precisa, baseada em análises laboratoriais criteriosas. O objetivo é fornecer macro e micronutrientes na quantidade exata e no momento fisiológico correto, garantindo que a planta não sofra estresses que comprometam o enchimento de grãos e a rentabilidade final da lavoura.
Ciclo rápido da cultura, exigindo alta disponibilidade de nutrientes em curto espaço de tempo para evitar perdas irreversíveis de produtividade.
Necessidade imperativa de correção da acidez do solo (calagem) para neutralizar o alumínio tóxico e maximizar o aproveitamento dos fertilizantes.
Uso estratégico da gessagem para condicionamento do solo em profundidade, fornecendo cálcio e enxofre e permitindo maior crescimento radicular.
Dependência de análise de solo detalhada (química e física) para a recomendação agronômica assertiva das doses de corretivos e adubos.
Sensibilidade do sistema radicular a desequilíbrios químicos, exigindo parcelamento e posicionamento correto dos fertilizantes.
A amostragem de solo é o ponto de partida obrigatório e deve ser feita coletando-se cerca de 15 sub-amostras para compor uma amostra composta em glebas homogêneas de 10 a 20 hectares.
A calagem deve ser realizada preferencialmente 3 meses antes do plantio para garantir a reação do calcário; em prazos menores, deve-se optar por materiais com PRNT mais elevado.
A gessagem não substitui a calagem, mas a complementa, atuando nas camadas subsuperficiais onde o calcário tem pouca mobilidade, aumentando a resistência da planta à seca.
O cálculo da necessidade de calcário deve considerar não apenas a neutralização da acidez, mas também a elevação dos teores de Cálcio e Magnésio.
A eficiência da adubação está diretamente ligada à estrutura física do solo; a compactação pode impedir que as raízes acessem os nutrientes aplicados, mesmo que a química esteja correta.
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