O que é Adubação De Feijão

A adubação de feijão consiste no manejo nutricional estratégico planejado para suprir as demandas específicas dessa cultura, caracterizada por seu ciclo vegetativo curto e alta exigência em disponibilidade imediata de nutrientes. No contexto do agronegócio brasileiro, onde os solos frequentemente apresentam acidez elevada e baixos teores naturais de fertilidade, essa prática vai além da simples aplicação de fórmulas NPK, englobando etapas cruciais de correção e condicionamento do perfil do solo.

Diferente de culturas perenes ou de ciclo longo, o feijoeiro possui uma janela de tempo muito estreita para absorver água e nutrientes e convertê-los em produtividade. Por isso, a adubação de feijão deve ser extremamente precisa, baseada em análises laboratoriais criteriosas. O objetivo é fornecer macro e micronutrientes na quantidade exata e no momento fisiológico correto, garantindo que a planta não sofra estresses que comprometam o enchimento de grãos e a rentabilidade final da lavoura.

Principais Características

  • Ciclo rápido da cultura, exigindo alta disponibilidade de nutrientes em curto espaço de tempo para evitar perdas irreversíveis de produtividade.

  • Necessidade imperativa de correção da acidez do solo (calagem) para neutralizar o alumínio tóxico e maximizar o aproveitamento dos fertilizantes.

  • Uso estratégico da gessagem para condicionamento do solo em profundidade, fornecendo cálcio e enxofre e permitindo maior crescimento radicular.

  • Dependência de análise de solo detalhada (química e física) para a recomendação agronômica assertiva das doses de corretivos e adubos.

  • Sensibilidade do sistema radicular a desequilíbrios químicos, exigindo parcelamento e posicionamento correto dos fertilizantes.

Importante Saber

  • A amostragem de solo é o ponto de partida obrigatório e deve ser feita coletando-se cerca de 15 sub-amostras para compor uma amostra composta em glebas homogêneas de 10 a 20 hectares.

  • A calagem deve ser realizada preferencialmente 3 meses antes do plantio para garantir a reação do calcário; em prazos menores, deve-se optar por materiais com PRNT mais elevado.

  • A gessagem não substitui a calagem, mas a complementa, atuando nas camadas subsuperficiais onde o calcário tem pouca mobilidade, aumentando a resistência da planta à seca.

  • O cálculo da necessidade de calcário deve considerar não apenas a neutralização da acidez, mas também a elevação dos teores de Cálcio e Magnésio.

  • A eficiência da adubação está diretamente ligada à estrutura física do solo; a compactação pode impedir que as raízes acessem os nutrientes aplicados, mesmo que a química esteja correta.

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