5 Tipos de Grãos de Milho: Características e Dicas de Cultivo
Tipos de grãos de milho: conheça as características e veja como cultivar melhor cada uma delas. Confira agora!
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A adubação do milho consiste no conjunto de práticas de manejo nutricional voltadas para suprir as altas exigências da cultura do milho (Zea mays) durante seu ciclo de desenvolvimento. No contexto do agronegócio brasileiro, onde o cereal é cultivado tanto na safra de verão quanto na safrinha, essa prática é determinante para a viabilidade econômica da lavoura, visto que o milho é uma planta C4 com alta taxa fotossintética e, consequentemente, uma grande demandante de nutrientes para expressar seu potencial produtivo.
O processo inicia-se com a correção do solo, fundamental em regiões de solos ácidos como o Cerrado, e divide-se estrategicamente em adubação de base (no plantio) e adubação de cobertura. O objetivo é sincronizar a oferta de nutrientes com a curva de absorção da planta, garantindo que elementos essenciais como Nitrogênio (N), Fósforo (P), Potássio (K), além de micronutrientes como o Zinco, estejam disponíveis nos momentos críticos de definição da produtividade, como o desenvolvimento radicular e o enchimento de grãos.
Além de aumentar a produção de grãos, a adubação correta influencia diretamente a qualidade do produto final e a resistência da planta a estresses bióticos e abióticos. O planejamento nutricional deve considerar a finalidade da produção (grãos, silagem, milho verde ou pipoca), pois a extração e a exportação de nutrientes variam significativamente conforme o destino da colheita, exigindo reposições específicas para manter a fertilidade do solo para os ciclos seguintes.
Alta Exigência de Nitrogênio (N): O milho é extremamente responsivo à adubação nitrogenada, sendo este o nutriente mais requerido em quantidade. O N é vital para o crescimento vegetativo e a formação de proteínas nos grãos, impactando diretamente a produtividade final.
Parcelamento da Adubação: Devido à mobilidade de certos nutrientes no solo e ao risco de perdas por lixiviação (especialmente Nitrogênio e Potássio), a aplicação é geralmente dividida entre a semeadura e a cobertura, realizada preferencialmente entre os estádios V4 e V8.
Importância do Zinco (Zn): Entre os micronutrientes, o Zinco destaca-se na cultura do milho no Brasil. A deficiência deste elemento causa encurtamento dos internódios e faixas esbranquiçadas nas folhas, reduzindo significativamente o desenvolvimento da planta.
Balanço Nutricional N-P-K: O equilíbrio é essencial; o Fósforo (P) é crucial no início para o enraizamento e arranque vigoroso, enquanto o Potássio (K) atua na regulação hídrica, na ativação enzimática e na resistência do colmo, evitando o acamamento.
Extração Diferenciada: A quantidade de nutrientes extraída do solo varia conforme o híbrido e o nível tecnológico. Híbridos modernos de alto teto produtivo exigem doses mais elevadas e precisas de fertilizantes para atingir as metas de sacas por hectare.
Análise de Solo é Mandatória: Não se deve realizar a adubação baseada apenas em “receitas de bolo”. A amostragem e análise de solo atualizadas são a base para calcular a necessidade real de calagem e adubação, evitando desperdícios e desequilíbrios iônicos.
Atenção à Silagem: Quando o milho é cultivado para silagem (geralmente variedades de milho dentado), a planta inteira é removida da lavoura. Isso resulta em uma exportação de nutrientes, especialmente Potássio, muito superior à colheita apenas de grãos, exigindo uma reposição mais robusta para não empobrecer o solo.
Janela de Aplicação de Nitrogênio: A aplicação de Nitrogênio em cobertura deve ser feita no momento certo (geralmente até V8). Atrasos podem impedir que a planta aproveite o nutriente para a definição do número de fileiras e grãos na espiga, comprometendo o rendimento.
Correção de Acidez: A eficiência da adubação está diretamente ligada ao pH do solo. Em solos ácidos e com presença de alumínio tóxico, o sistema radicular não se desenvolve bem e a absorção de Fósforo e outros nutrientes é severamente prejudicada, tornando a adubação ineficiente.
Sintomas de Deficiência: O produtor deve saber identificar sinais visuais no campo. Por exemplo, a deficiência de Nitrogênio causa um amarelamento em forma de “V” invertido nas folhas mais velhas, enquanto a falta de Fósforo pode deixar as folhas com coloração arroxeada.
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