Guia Completo da Adubação de Trigo: Do Plantio à Colheita
A adubação correta define a produtividade do trigo. Aprenda a aplicar N, P e K na base e cobertura e saiba o momento certo para nutrir sua lavoura.
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A adubação do trigo consiste no conjunto de práticas de manejo nutricional voltadas para suprir as demandas fisiológicas da cultura, garantindo não apenas o volume de produção, mas também a qualidade industrial dos grãos, como o teor de proteína e a força do glúten. No contexto do agronegócio brasileiro, onde o trigo é amplamente cultivado como cultura de inverno (safrinha) em sucessão à soja ou ao milho, a adubação deve ser planejada considerando a fertilidade residual do solo e o sistema de rotação de culturas.
O processo envolve a aplicação estratégica de macronutrientes primários — Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K) — e micronutrientes essenciais em momentos específicos do ciclo da planta. Com a expansão da triticultura para regiões de clima tropical, como o Cerrado, o manejo nutricional tornou-se ainda mais técnico, exigindo diagnósticos precisos para superar desafios como a acidez do solo e a disponibilidade de água, fatores que influenciam diretamente a eficiência da absorção dos fertilizantes.
Divisão em Etapas de Manejo: O processo é geralmente segmentado em três fases distintas: adubação de correção (para elevar níveis do solo antes do plantio), adubação de manutenção ou base (realizada no sulco de semeadura) e adubação de cobertura (aplicada durante o desenvolvimento vegetativo).
Alta Demanda de Nitrogênio: O Nitrogênio é o motor do crescimento vegetativo e determinante para a qualidade do grão, influenciando diretamente o teor de proteínas, essencial para a panificação.
Papel Estrutural do Fósforo: O fornecimento adequado de Fósforo no plantio é crucial para o enraizamento vigoroso, fornecimento de energia e estímulo ao perfilhamento (formação de novos brotos).
Função Reguladora do Potássio: Este nutriente atua no controle estomático e hídrico da planta, aumentando a resistência a estresses abióticos (como a seca) e fortalecendo o colmo contra o acamamento.
Necessidade de Micronutrientes: A cultura responde significativamente à presença de micronutrientes como Zinco, Boro, Manganês e Cobre, que participam de processos enzimáticos vitais.
Diagnóstico via Análise de Solo: A definição das doses de fertilizantes deve ser obrigatoriamente baseada em uma análise de solo recente, considerando também a expectativa de produtividade e o histórico da área.
Parcelamento do Nitrogênio: A aplicação de Nitrogênio em cobertura deve ser feita no momento certo (geralmente no início do perfilhamento e alongamento) para evitar perdas por volatilização e garantir que a planta tenha nutrientes para o enchimento de grãos.
Impacto na Classificação Comercial: Uma nutrição desequilibrada pode resultar em grãos com baixo peso hectolitro (PH) ou baixa proteína, desvalorizando o produto final no mercado.
Correção de Acidez: Em solos tropicais, a eficiência da adubação do trigo depende diretamente da correção prévia do pH do solo (calagem), pois a acidez excessiva bloqueia a absorção de nutrientes essenciais.
Uso de Adubação Foliar: Embora a nutrição via solo seja a base, a adubação foliar serve como uma ferramenta estratégica para correções rápidas de micronutrientes quando sintomas visuais de deficiência são detectados.
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