Adubação Foliar em Soja: Como Evitar Erros e Aumentar Produtividade
Adubação foliar em soja pode ser uma um grande cilada, se você fizer da maneira errada. Neste artigo mostramos como fazê-la corretamente!
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Temos um artigo detalhado e exclusivo sobre este assunto.
Ler o Guia Principal sobre Adubação Foliar em Soja →A adubação foliar na cultura da soja consiste na aplicação de nutrientes, geralmente na forma líquida, diretamente sobre o tecido foliar das plantas. No contexto da agricultura brasileira, esta prática é reconhecida tecnicamente como uma estratégia complementar à adubação de base realizada no solo. O objetivo principal não é substituir o fornecimento de macronutrientes via raízes, mas sim corrigir deficiências pontuais, suprir micronutrientes demandados em menores quantidades ou auxiliar a planta na superação de estresses fisiológicos e climáticos.
Esta técnica é frequentemente utilizada como uma ferramenta de “ajuste fino” para lavouras de alto potencial produtivo ou para mitigar problemas de desenvolvimento, como os observados em safras com irregularidade hídrica. Contudo, especialistas alertam que a adubação foliar não deve ser encarada como uma solução milagrosa para falhas no manejo de solo. A eficiência da absorção foliar depende de diversos fatores, e a aplicação incorreta pode resultar em prejuízos econômicos e fisiológicos à planta, tornando essencial o embasamento técnico antes da tomada de decisão.
Caráter Complementar: A característica fundamental é atuar como suplemento à nutrição via solo, sendo mais eficiente para o fornecimento de micronutrientes (como Manganês, Boro, Cobre e Zinco) do que para macronutrientes primários.
Absorção Rápida: Diferente da adubação no solo, a via foliar permite uma absorção e translocação mais ágil dos nutrientes, sendo ideal para correções de emergência quando sintomas de deficiência são visíveis.
Janela de Aplicação Específica: As aplicações geralmente ocorrem em estádios fenológicos definidos (fases vegetativas avançadas ou reprodutivas iniciais), onde a demanda nutricional da soja atinge picos específicos.
Dependência de Tecnologia de Aplicação: A eficácia está diretamente ligada à qualidade da pulverização, exigindo condições climáticas ideais (temperatura e umidade) e regulagem correta de equipamentos para garantir a cobertura foliar adequada.
Risco de Fitotoxidez: O uso de concentrações inadequadas de sais ou misturas incompatíveis pode causar a queima das folhas (efeito salino), reduzindo a área fotossintética e comprometendo o potencial produtivo.
Prioridade ao Solo: A construção da fertilidade do solo é insubstituível; lavouras com desequilíbrio grave no solo dificilmente alcançarão altas produtividades apenas com correções foliares.
Análise de Custo-Benefício: Antes de aplicar, é crucial calcular o ROI (Retorno Sobre o Investimento), considerando o custo do produto, da operação (diesel/mão de obra) e o ganho real esperado em sacas por hectare.
Diagnóstico Correto: A aplicação deve ser baseada em análises de folhas ou histórico da área, evitando a aplicação “às cegas” que apenas encarece o custo de produção sem garantia de resposta fisiológica.
Cuidado com Misturas: A compatibilidade física e química dos fertilizantes foliares com defensivos agrícolas (fungicidas, inseticidas) deve ser verificada para evitar a inativação dos produtos ou danos à cultura.
Atenção às Condições Ambientais: A cutícula da folha da soja possui barreiras naturais; aplicações em horários de alta temperatura e baixa umidade relativa do ar reduzem drasticamente a absorção e aumentam a evaporação do produto.
Manganês e Glifosato: No Brasil, uma prática comum e necessária é a reposição foliar de Manganês (Mn) em soja transgênica, pois a aplicação de glifosato pode induzir a deficiência temporária deste micronutriente na planta.
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