Fósforo no Milho: Guia Completo para Identificar e Corrigir a Deficiência
Deficiência de fósforo em milho: sintomas da deficiência na cultura, como funciona o nutriente e como acertar na adubação fosfatada no milho
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Ler o Guia Principal sobre Adubação Fosfatada →A adubação fosfatada consiste na aplicação de fertilizantes fontes de fósforo (P) ao solo, sendo uma das práticas de manejo mais críticas para a agricultura em regiões tropicais, como o Brasil. Devido às características geológicas dos solos brasileiros, que são naturalmente pobres neste nutriente e possuem alta capacidade de fixação (onde o fósforo fica retido nas partículas do solo e indisponível para as plantas), o suprimento externo via adubação torna-se o principal fator para garantir a produtividade agrícola. O fósforo é um macronutriente primário, essencial para o armazenamento e transferência de energia (ATP), fotossíntese, respiração celular e, principalmente, para o desenvolvimento inicial do sistema radicular.
No contexto agronômico, esta prática divide-se fundamentalmente em duas estratégias: a adubação corretiva, conhecida como fosfatagem, e a adubação de manutenção ou reposição. A fosfatagem visa elevar os teores de fósforo no solo a níveis críticos adequados, saturando parcialmente os sítios de fixação e garantindo disponibilidade para as culturas, sendo muito comum na abertura de novas áreas ou na recuperação de solos degradados. Já a adubação de manutenção tem o objetivo de repor o nutriente exportado pelos grãos na colheita, mantendo a fertilidade do sistema produtivo estável ao longo das safras.
A eficiência da adubação fosfatada depende diretamente da interação com outros fatores do solo, especialmente a acidez. Em solos ácidos, o fósforo tende a precipitar-se com ferro e alumínio, tornando-se insolúvel. Portanto, o manejo deste nutriente exige um planejamento integrado que envolve a escolha da fonte correta (como Superfosfato Simples, Triplo, MAP ou DAP), o modo de aplicação e a correção prévia do pH do solo, assegurando que o investimento no fertilizante se converta em produtividade real na lavoura.
Baixa mobilidade no solo: O fósforo é um nutriente praticamente imóvel no solo, movendo-se por difusão a distâncias muito curtas, o que exige que a aplicação seja feita o mais próximo possível das raízes ou que o solo seja bem corrigido em profundidade.
Alta taxa de fixação (adsorção): Em solos tropicais intemperizados, o fósforo se liga fortemente a óxidos de ferro e alumínio, processo que reduz drasticamente sua disponibilidade para a planta e exige a aplicação de doses superiores à extração da cultura.
Estímulo ao enraizamento: É o nutriente mais importante para a fase de estabelecimento da lavoura, promovendo o crescimento vigoroso das raízes e garantindo que a planta explore maior volume de solo em busca de água e outros nutrientes.
Fontes variadas de solubilidade: Os fertilizantes fosfatados variam desde fontes altamente solúveis em água (como o Superfosfato Triplo) até fosfatos naturais reativos de solubilidade lenta, cada um indicado para estratégias de manejo específicas.
Efeito residual: Diferente do nitrogênio, o fósforo não se perde facilmente por lixiviação; parte do nutriente aplicado e não absorvido permanece no solo, construindo um “banco” de fertilidade que pode ser aproveitado em safras futuras se bem manejado.
Correção de acidez é pré-requisito: A calagem deve ser realizada antes da adubação fosfatada, pois elevar o pH do solo para faixas próximas a 6,0 maximiza a disponibilidade do fósforo e reduz sua fixação por elementos tóxicos como o alumínio.
Localização do adubo: Devido à sua imobilidade, a aplicação no sulco de plantio geralmente apresenta maior eficiência agronômica imediata do que a aplicação a lanço, especialmente em solos com baixos teores iniciais do nutriente.
Sintomas de deficiência: A falta de fósforo manifesta-se visualmente nas folhas mais velhas, que adquirem uma coloração arroxeada característica, além de causar atraso no florescimento e redução no porte da planta.
Balanço de nutrientes: Em sistemas de alta produtividade, como na rotação soja-milho ou soja-arroz, a exportação de fósforo pelos grãos é alta; negligenciar a reposição pode levar ao empobrecimento silencioso do solo, mesmo com adubações anuais.
Incompatibilidade de misturas: Deve-se evitar a mistura física de fertilizantes fosfatados solúveis (como o Superfosfato Triplo) com calcário, pois a reação química resultante pode reduzir a eficiência de ambos os insumos.
Análise de solo constante: A recomendação da dose deve ser baseada na análise de solo atualizada, considerando o teor de argila e o extrator utilizado (Resina ou Mehlich), pois a capacidade de fixação varia conforme a textura do solo.
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