Adubação de Cobertura: O Guia Completo para Nutrir sua Lavoura na Hora Certa
Adubação de cobertura: veja o que é, sua importância, principais nutrientes aplicados, culturas e época de aplicação
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Ler o Guia Principal sobre Adubação Nitrogenada →A adubação nitrogenada consiste na prática de manejo nutricional voltada para o fornecimento de nitrogênio (N) às plantas, sendo este o macronutriente mais demandado pela maioria das culturas agrícolas para o crescimento vegetativo. O nitrogênio é um componente essencial na formação de aminoácidos, proteínas e clorofila, impactando diretamente a capacidade da planta de realizar fotossíntese e, consequentemente, sua produtividade final. Em solos tropicais como os do Brasil, onde a matéria orgânica tende a mineralizar rapidamente, a suplementação via fertilizantes minerais ou orgânicos torna-se indispensável para garantir o teto produtivo das lavouras.
No contexto do agronegócio brasileiro, a estratégia de adubação nitrogenada varia drasticamente conforme a cultura. Para gramíneas como milho, trigo, arroz e pastagens, bem como para o cafeeiro, a aplicação de N é um dos maiores investimentos da safra, exigindo planejamento rigoroso para evitar perdas. Já para leguminosas, com destaque absoluto para a soja, a adubação nitrogenada mineral é substituída pela Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN), uma tecnologia sustentável desenvolvida pela pesquisa nacional que utiliza bactérias para captar o N atmosférico, dispensando o uso de fertilizantes sintéticos e gerando enorme economia ao setor.
Alta mobilidade no solo: O nitrogênio, especialmente na forma de nitrato, move-se facilmente no perfil do solo, o que exige estratégias específicas para evitar que ele seja lixiviado (lavado) para camadas onde as raízes não alcançam.
Necessidade de parcelamento: Devido ao risco de perdas e à demanda variável da planta ao longo do ciclo, a aplicação é frequentemente dividida entre a semeadura (adubação de base) e a cobertura (aplicação com a planta já em desenvolvimento).
Impacto visual imediato: Plantas bem nutridas com nitrogênio apresentam coloração verde intensa e crescimento vigoroso; a deficiência manifesta-se tipicamente como clorose (amarelecimento) nas folhas mais velhas e redução no porte da planta.
Fontes variadas: As fontes mais comuns no Brasil incluem a ureia (alta concentração, mas volátil), o sulfato de amônio e o nitrato de amônio, cada uma com comportamentos químicos e físicos distintos.
Relação com a água: A eficiência da adubação nitrogenada depende diretamente da umidade do solo; a falta de água impede a absorção, enquanto o excesso pode causar perdas por lixiviação ou desnitrificação.
Atenção à volatilização da ureia: Ao utilizar ureia, a fonte mais comum no Brasil, é crucial aplicá-la antes de uma chuva ou irrigação para incorporar o produto ao solo, evitando perdas significativas de amônia para a atmosfera.
Soja e a FBN: Na cultura da soja, a adubação nitrogenada mineral é, via de regra, desnecessária e contraindicada, pois inibe a ação das bactérias fixadoras (inoculantes) que fornecem o nutriente de forma biológica e eficiente.
Riscos do excesso: Doses excessivas de nitrogênio podem ser prejudiciais, causando o “acamamento” (tombamento) de plantas em culturas como arroz e trigo, além de tornar os tecidos vegetais mais suscetíveis ao ataque de pragas e doenças.
Momento certo da aplicação: A eficiência agronômica aumenta quando a adubação de cobertura coincide com os estágios fenológicos de maior demanda da cultura, como os estágios V3 a V8 no milho ou o perfilhamento no arroz e trigo.
Influência do tipo de solo: Solos arenosos retêm menos nitrogênio e exigem um parcelamento mais fracionado das doses em comparação com solos argilosos, para minimizar as perdas por lixiviação.
Equilíbrio nutricional: A resposta da planta ao nitrogênio é limitada se outros nutrientes essenciais, como fósforo, potássio ou enxofre, estiverem em níveis insuficientes no solo (Lei do Mínimo).
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