*Azospirillum* no Milho: O Guia Completo Sobre Esta Bactéria Benéfica
Azospirillum no Milho: Conheça os benefícios dessa bactéria para a cultura e veja dicas de como utilizá-la em sua lavoura.
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A adubação nitrogenada na cultura do milho refere-se ao manejo de fornecimento de nitrogênio (N), o macronutriente mais demandado pela planta e o que mais limita a produtividade de grãos nos solos brasileiros. O nitrogênio é essencial para o desenvolvimento vegetativo, formação de proteínas e processos fotossintéticos. Tradicionalmente, esse manejo é realizado através da aplicação de fertilizantes minerais, como a ureia ou sulfato de amônio, divididos entre a semeadura e a adubação de cobertura, visando atender à alta taxa de absorção da cultura nos estádios fenológicos críticos.
No entanto, o conceito moderno de adubação nitrogenada no milho evoluiu para integrar práticas biológicas, especificamente o uso de bactérias diazotróficas como o Azospirillum brasilense. Esta prática, conhecida como inoculação, permite a fixação biológica de nitrogênio (FBN), onde bactérias associativas convertem o nitrogênio atmosférico em formas assimiláveis pela planta. Além de fornecer parte do nitrogênio necessário, essa estratégia visa aumentar a eficiência do uso do fertilizante mineral, reduzindo perdas por lixiviação ou volatilização e promovendo um sistema radicular mais robusto.
No contexto do agronegócio brasileiro, a otimização da adubação nitrogenada é crucial para a viabilidade econômica da lavoura. O uso combinado de fontes minerais e biológicas busca não apenas suprir a demanda nutricional, mas também reduzir custos operacionais e impactos ambientais. A estratégia foca em maximizar a absorção de nutrientes através de raízes mais profundas e volumosas, garantindo que a planta expresse seu máximo potencial genético mesmo em condições de estresse ou menor disponibilidade de insumos químicos.
Alta Demanda Nutricional: O milho é uma gramínea C4 com elevada exigência de nitrogênio, necessitando de grandes quantidades do nutriente para garantir o crescimento vigoroso, a coloração verde intensa (clorofila) e o enchimento de grãos.
Fixação Biológica Associativa: Diferente da soja, a fixação de nitrogênio no milho via Azospirillum é associativa e não simbiótica estrita; a bactéria coloniza a superfície das raízes e tecidos internos, fornecendo nitrogênio sem formar nódulos visíveis.
Estímulo Hormonal: Além do aporte de nitrogênio, a adubação biológica caracteriza-se pela produção de fitohormônios (como auxinas, giberelinas e citocininas) que estimulam o crescimento radicular e a parte aérea.
Complementaridade de Fontes: A adubação nitrogenada eficiente no milho frequentemente combina a inoculação das sementes com doses ajustadas de fertilizante mineral em cobertura, buscando um equilíbrio entre nutrição imediata e sustentada.
Desenvolvimento Radicular: Uma característica marcante do manejo integrado com Azospirillum é o aumento significativo da biomassa radicular, o que amplia a capacidade da planta de explorar o solo em busca de água e outros nutrientes móveis e imóveis.
Suprimento Parcial: A inoculação com Azospirillum não substitui totalmente a adubação nitrogenada mineral; ela atua como um complemento que pode permitir a redução da dose de nitrogênio em cobertura, mas a planta ainda depende de fontes externas para atingir altas produtividades.
Mecanismo Enzimático: A bactéria utiliza a enzima dinitrogenase para quebrar a forte ligação tripla do nitrogênio atmosférico (N₂), transformando-o em amônia, uma forma que o milho consegue metabolizar.
Janela de Aplicação: O sucesso da adubação nitrogenada, seja química ou biológica, depende do momento correto; a inoculação é feita geralmente no tratamento de sementes ou no sulco de plantio, enquanto a cobertura mineral deve ocorrer nos estádios de definição do potencial produtivo (V4 a V8).
Resiliência a Estresses: Plantas de milho com manejo nitrogenado biológico tendem a apresentar maior tolerância à seca, devido ao sistema radicular mais desenvolvido que acessa água em camadas mais profundas do solo.
Fatores de Influência: A eficiência da adubação nitrogenada biológica pode variar conforme o híbrido de milho utilizado, as condições edafoclimáticas (umidade e temperatura do solo) e a compatibilidade com outros defensivos agrícolas aplicados na semente.
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