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O que é Adubação Potássica Em Soja

A adubação potássica em soja refere-se ao manejo e fornecimento de Potássio (K) para a cultura, sendo este o segundo nutriente mais exigido pelas plantas, ficando atrás apenas do Nitrogênio. No contexto do agronegócio brasileiro, essa prática é fundamental para a viabilidade econômica da lavoura, uma vez que a soja é uma cultura altamente exportadora desse nutriente. Estima-se que para cada tonelada de grãos produzidos, a planta extraia do solo aproximadamente 20 kg de K₂O. A correta reposição é vital, pois a deficiência impacta diretamente o enchimento de grãos e a resistência da planta a estresses bióticos e abióticos.

O manejo adequado envolve o cálculo preciso da dose baseada na análise de solo e na expectativa de produtividade, visando atingir o nível crítico ou de suficiência no solo. O potássio desempenha funções fisiológicas essenciais, como a regulação da abertura e fechamento dos estômatos (controle hídrico), ativação enzimática e transporte de fotoassimilados das folhas para os grãos. Sem o suprimento adequado, a planta torna-se mais frágil, suscetível a secas, pragas e doenças, resultando em grãos menores e com menor qualidade comercial.

Além da quantidade, a estratégia de adubação potássica deve considerar a dinâmica do nutriente no solo e na planta. Diferente de outros nutrientes que se fixam fortemente às partículas do solo, o potássio tem maior mobilidade, o que exige atenção quanto ao modo e época de aplicação para evitar perdas por lixiviação ou consumo de luxo (quando a planta absorve mais do que necessita sem converter em produtividade). O equilíbrio nutricional é a chave para maximizar o teto produtivo das cultivares modernas utilizadas no Brasil.

Principais Características

  • Alta Exigência Nutricional: O potássio é o segundo macronutriente mais absorvido pela soja, sendo crucial para o desenvolvimento vegetativo e reprodutivo.

  • Mobilidade na Planta: Por ser um elemento móvel dentro do tecido vegetal, os sintomas de deficiência manifestam-se primeiramente nas folhas mais velhas (baixeiro).

  • Relação com a Produtividade: Existe uma correlação direta entre a disponibilidade de K e o peso dos grãos; sua falta resulta em grãos enrugados, deformados e pequenos.

  • Exportação de Nutrientes: A cultura “leva embora” grandes quantidades de potássio na colheita, exigindo reposição constante para manutenção da fertilidade do solo.

  • Função Fisiológica: Atua diretamente na regulação osmótica da planta, aumentando a eficiência do uso da água e a tolerância a períodos de veranico.

Importante Saber

  • Fome Oculta: A lavoura pode estar sofrendo deficiência de potássio e perdendo produtividade sem apresentar sintomas visuais imediatos; a análise foliar e de solo são as únicas formas de detectar esse estágio.

  • Identificação Visual: A deficiência severa causa clorose (amarelamento) nas bordas das folhas velhas, evoluindo para necrose (morte do tecido) e queda prematura das folhas.

  • Impacto na Maturação: A falta de potássio pode causar distúrbios fisiológicos no final do ciclo, como a “haste verde” e a retenção foliar, dificultando a colheita mecanizada.

  • Interpretação de Análise: É comum encontrar resultados de laboratório em unidades diferentes (cmolc/dm³ ou mmolc/dm³); a conversão correta é essencial para usar as tabelas de recomendação regionais.

  • Regionalização: As recomendações de adubação variam conforme o estado e o tipo de solo (ex: tabelas de SP diferem das do Cerrado), devendo-se sempre consultar a literatura técnica local.

  • Qualidade do Grão: Além do volume produzido, a adubação potássica influencia a qualidade sanitária e física dos grãos, reduzindo a incidência de vagens chochas.

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