BRS 500 B2RF: Nova Cultivar de Algodão com Menor Custo e Maior Produtividade
Algodoeiro resistente a doenças: saiba tudo sobre qualidade da fibra, produtividade e vantagens da nova cultivar
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O algodão transgênico refere-se a cultivares geneticamente modificadas (OGM) desenvolvidas para expressar características agronômicas que não seriam encontradas naturalmente ou que seriam difíceis de obter através do melhoramento genético convencional. No contexto da cotonicultura brasileira, essa biotecnologia é fundamental para viabilizar a produção em larga escala, especialmente em regiões de clima tropical como o Cerrado, onde a pressão de pragas, doenças e plantas daninhas é intensa e constante durante todo o ciclo da cultura.
A tecnologia envolve a inserção de genes específicos no DNA da planta, conferindo-lhe habilidades de defesa e tolerância. As modificações mais comuns incluem a resistência a determinados insetos (principalmente lagartas) e a tolerância a herbicidas de amplo espectro, como o glifosato. Avanços mais recentes, exemplificados por novas cultivares no mercado, expandiram essas capacidades para incluir resistência genética a doenças fúngicas severas, como a mancha de ramulária, e tolerância a nematoides. O objetivo central dessa tecnologia é reduzir os custos operacionais com defensivos agrícolas, proteger o potencial produtivo da lavoura e facilitar o manejo fitossanitário.
Tolerância a Herbicidas: Permite a aplicação de herbicidas não seletivos (como o glifosato) em diferentes estágios de desenvolvimento da planta sem causar fitotoxidez, facilitando o controle de plantas daninhas e a limpeza da lavoura.
Resistência a Insetos (Tecnologia Bt): A planta produz proteínas tóxicas para ordens específicas de insetos, principalmente lepidópteros (lagartas), reduzindo a necessidade de aplicações frequentes de inseticidas e minimizando danos às estruturas reprodutivas.
Resistência a Doenças: Incorporação de genes que conferem resistência ou tolerância a patógenos importantes, como o fungo causador da mancha de ramulária, a bactéria da mancha angular e o vírus da doença azul.
Tolerância a Nematoides: Algumas tecnologias modernas oferecem supressão ou tolerância ao ataque de nematoides-das-galhas, praga de solo que compromete o sistema radicular e a absorção de nutrientes.
Qualidade de Fibra Preservada: O melhoramento genético busca aliar as características de proteção transgênica com atributos de fibra exigidos pela indústria têxtil, como comprimento, resistência e índice micronaire adequados.
Manejo de Resistência de Insetos (MRI): O plantio de algodão transgênico exige obrigatoriamente a adoção de áreas de refúgio (plantio de algodão convencional) para evitar que as pragas desenvolvam resistência às proteínas Bt, garantindo a longevidade da tecnologia.
Redução de Custos Operacionais: A principal vantagem econômica reside na diminuição do número de pulverizações de fungicidas e inseticidas, o que reduz gastos com produtos, combustível e maquinário, além de diminuir o impacto ambiental.
Monitoramento Constante: A tecnologia não isenta o produtor de realizar o monitoramento da lavoura. Pragas não-alvo (como o bicudo-do-algodoeiro) e doenças para as quais a planta não possui resistência específica ainda exigem controle químico tradicional.
Adequação Regional: A escolha da cultivar transgênica deve considerar a adaptação edafoclimática da região (como o ciclo da planta e a janela de plantio) e o histórico sanitário da área, focando nos problemas mais recorrentes do talhão.
Valor Agregado da Fibra: Ao selecionar a tecnologia, é crucial verificar se os parâmetros de qualidade da pluma (como micronaire entre 3,7 e 4,2 e resistência acima de 30 gf/tex) atendem aos padrões comerciais para evitar deságios na comercialização.
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