Apaga-Fogo (*Alternanthera tenella*): Guia Completo de Identificação e Manejo
Apaga-fogo: conheça as características, quais danos ela pode causar e controle preventivo, cultural, mecânico e químico
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Ler o Guia Principal sobre Apaga Fogo →A Apaga-Fogo (Alternanthera tenella) é uma planta daninha de grande relevância econômica para o agronegócio brasileiro, pertencente à família Amaranthaceae. Presente em todas as regiões do país, esta espécie invasora é conhecida por sua alta capacidade de infestação tanto em lavouras de grãos quanto em pastagens. Seu nome popular deriva de uma característica peculiar: a formação de uma massa vegetal densa e úmida que, historicamente, dificultava o avanço do fogo durante as queimadas para renovação de pasto.
Agronomicamente, trata-se de uma planta herbácea que exige atenção redobrada do produtor devido ao seu ciclo perene e hábito de crescimento agressivo. Ela se desenvolve com vigor especialmente na entressafra, competindo diretamente com as culturas comerciais por recursos essenciais como água, luz e nutrientes. Além da denominação “Apaga-Fogo”, é frequentemente identificada no campo por nomes regionais como Periquito, Sempre-viva, Alecrim e Perpétua-do-campo, afetando culturas como soja, milho, café, cana-de-açúcar e algodão.
Ciclo de Vida Perene: Diferente de muitas invasoras anuais, a Apaga-Fogo vive por mais de dois anos, o que torna seu controle mais desafiador e exige persistência no manejo.
Hábito de Crescimento: A planta se desenvolve de forma prostrada (rasteira) ou ascendente, formando “tapetes” densos sobre o solo, com caules muito ramificados que variam de 0,5 a 1,2 metros de comprimento.
Propagação Dupla: Disseminada principalmente por sementes (lisas e castanhas), possui também alta capacidade de propagação vegetativa, emitindo novas raízes quando os nós do caule entram em contato com o solo.
Sistema Radicular: Apresenta uma raiz pivotante (principal e mais grossa) que cresce verticalmente, conferindo boa fixação e capacidade de extração de recursos do solo.
Morfologia: Caracteriza-se por caules lisos e folhas pequenas, medindo geralmente entre 2 cm e 3 cm.
Competição por Sombreamento: O dano mais imediato é a barreira física criada pela planta; ao cobrir o solo, ela impede a incidência de luz solar nas culturas comerciais, prejudicando a fotossíntese e o desenvolvimento inicial da lavoura.
Vetor de Doenças: A Apaga-Fogo é hospedeira natural do ácaro Brevipalpus phoenicis, transmissor da leprose dos citros, o que exige atenção redobrada em áreas próximas à citricultura.
Impacto na Colheita Mecanizada: A massa vegetal densa e resistente provoca o embuchamento de colhedoras, resultando em paradas frequentes, aumento do custo de manutenção e depreciação dos grãos por contaminação.
Necessidade de Manejo Integrado: Devido à sua capacidade de rebrota e resistência, o controle não deve depender de uma única técnica; é fundamental combinar limpeza de maquinário (preventivo) com controle químico e cultural.
Atenção às Bordaduras: A infestação muitas vezes começa em áreas adjacentes, como beiras de estradas e carreadores, exigindo que o monitoramento e controle se estendam para além dos limites do talhão cultivado.
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