Aplicação de Fungicidas na Soja: Estratégias e Momento Certo
Aplicação de fungicidas na soja: aplicação zero, posicionamento adequado dos produtos preventivos, curativos e muito mais!
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Ler o Guia Principal sobre Aplicação de Fungicidas na Soja →A aplicação de fungicidas na soja constitui uma das operações mais críticas e estratégicas dentro do manejo fitossanitário da cultura no Brasil. Devido às condições climáticas tropicais, caracterizadas por altas temperaturas e umidade, o ambiente torna-se extremamente favorável à proliferação de fungos patogênicos. Esta prática visa proteger o potencial produtivo da lavoura, controlando doenças agressivas como a ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi), mancha-alvo, antracnose e mofo-branco, que podem causar perdas severas de produtividade, chegando a comprometer até 90% da colheita em casos extremos sem controle adequado.
No contexto do agronegócio brasileiro, o manejo com fungicidas não se resume apenas ao ato de pulverizar, mas integra um planejamento complexo conhecido como Manejo Integrado de Doenças (MID). O objetivo principal é reduzir a pressão de inóculo (quantidade de esporos do fungo) e proteger a área foliar da planta, garantindo que ela mantenha sua capacidade fotossintética durante o enchimento de grãos. Dada a agressividade das doenças e o alto custo de controle — estimado em bilhões de dólares por safra no país — a eficiência desta operação é determinante para a rentabilidade do produtor rural.
Caráter Preventivo: A eficácia dos fungicidas é significativamente maior quando aplicados de forma preventiva ou nos estágios iniciais da infecção, antes que os sintomas causem danos irreversíveis aos tecidos foliares.
Rotação de Mecanismos de Ação: Para evitar que os fungos desenvolvam resistência aos produtos químicos, é fundamental alternar o uso de fungicidas com diferentes modos de ação (sítio-específicos e multissítios).
Dependência Climática: A eficiência da aplicação está diretamente ligada às condições meteorológicas; chuvas excessivas podem lavar o produto, enquanto o estresse hídrico pode dificultar a absorção e translocação do ativo na planta.
Estratégia da “Aplicação Zero”: Tendência crescente no manejo que consiste em uma aplicação adicional na fase vegetativa, antecipando a entrada tradicional, com o objetivo de baixar a pressão de inóculo inicial na lavoura.
Tecnologia de Aplicação: O sucesso do controle depende não apenas do produto químico, mas da qualidade da pulverização (tamanho de gota, volume de calda e cobertura do alvo), especialmente para atingir o baixeiro das plantas.
Monitoramento Constante: A decisão do momento da aplicação deve basear-se no monitoramento frequente da lavoura, considerando o estádio fenológico da soja e as condições climáticas, e não apenas em um calendário fixo de dias.
Manejo de Resistência: O uso repetitivo do mesmo princípio ativo aumenta a pressão de seleção sobre os fungos; a inclusão de fungicidas protetores (multissítios) é uma prática recomendada para preservar a eficiência das moléculas principais.
Influência da Época de Plantio: Lavouras semeadas mais tarde ou cultivares de ciclo longo geralmente sofrem maior pressão de doenças devido ao acúmulo de inóculo na região, exigindo um programa de fungicidas mais robusto.
Integração com Práticas Culturais: A aplicação química deve ser complementar a outras práticas, como o respeito ao vazio sanitário, uso de sementes certificadas, rotação de culturas e escolha de cultivares com resistência genética.
Intervalo de Reaplicação: Respeitar o intervalo entre as aplicações recomendado pelo fabricante e ajustado pelo agrônomo é crucial; intervalos muito longos (acima de 15 dias) podem deixar a planta desprotegida (“janela aberta”) e comprometer o controle.
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