Aplicação Noturna de Defensivos: Eficiência e Segurança na Pulverização
Aplicação noturna de defensivos agrícolas: saiba em quais situações pode ser utilizada e quais cuidados tomar para ter alta eficiência.
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Ler o Guia Principal sobre Aplicação Noturna de Defensivos →A aplicação noturna de defensivos agrícolas é uma estratégia de manejo adotada para contornar as limitações climáticas diurnas, frequentes em diversas regiões produtoras do Brasil, especialmente as mais quentes e secas. O procedimento consiste em realizar as operações de pulverização durante o período da noite, buscando condições ambientais que se enquadrem nos parâmetros técnicos ideais — temperaturas mais amenas e maior umidade relativa do ar — garantindo assim a eficácia biológica dos produtos fitossanitários e reduzindo perdas.
No contexto brasileiro, onde o clima tropical muitas vezes impõe temperaturas acima de 30°C e baixa umidade durante o dia, a aplicação noturna surge como uma solução para o dilema entre o estágio ideal de controle da praga e as condições meteorológicas adversas. Essa prática visa assegurar que o defensivo atinja o alvo com a cobertura necessária, minimizando a evaporação rápida das gotas e a deriva, fatores que comprometem severamente a produtividade e aumentam os custos operacionais quando a pulverização é feita sob estresse térmico.
Condições Climáticas Favoráveis: Permite operar com temperaturas abaixo de 30°C e umidade relativa do ar superior a 60%, parâmetros frequentemente inalcançáveis durante o dia em regiões áridas.
Adaptação Tecnológica: Exige maquinário equipado com sistemas de iluminação eficientes, incluindo luzes nas barras de pulverização, e uso indispensável de GPS para orientação.
Comportamento do Alvo (Pragas): Favorece o controle de pragas com hábitos noturnos, como diversas espécies de lagartas, que saem de seus abrigos e ficam mais expostas ao contato com o produto.
Fenômeno da Nictinastia: Considera o movimento natural das plantas à noite, onde folhas podem se fechar ou inclinar, alterando a arquitetura do dossel e a dinâmica de deposição da calda.
Redução de Perdas: Caracteriza-se pela diminuição significativa das perdas por evaporação e deriva, otimizando o aproveitamento do ingrediente ativo aplicado.
Visibilidade e Monitoramento: A escuridão dificulta a identificação visual de falhas, como bicos entupidos ou vazamentos; por isso, a iluminação direcionada para as pontas de pulverização é crucial para a qualidade da operação.
Segurança e Fadiga: O trabalho noturno exige gestão cuidadosa da equipe devido ao relógio biológico, pois o risco de acidentes operacionais aumenta com o sono e o cansaço do operador.
Velocidade do Vento: Mesmo à noite, o vento deve ser monitorado constantemente. A aplicação não deve ocorrer em calmaria total (vento zero) devido ao risco de inversão térmica, sendo ideal manter a velocidade entre 3 km/h e 6,5 km/h.
Cobertura Foliar: A inclinação das folhas (nictinastia) pode facilitar a penetração do produto nas partes baixas da planta, mas pode dificultar a cobertura da face superior das folhas, exigindo avaliação técnica caso a caso.
Dependência de GPS: Diferente da aplicação diurna, onde marcos visuais auxiliam, a aplicação noturna é totalmente dependente de sistemas de posicionamento global precisos para evitar falhas ou sobreposições nas passadas.
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