Controle de Estoque de Defensivos Agrícolas: 5 Passos Para Evitar Desperdício
Ter o controle do estoque de defensivos agrícolas é crucial para uma gestão eficiente. Confira neste artigo 5 dicas para melhorar o seu!
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O armazenamento de defensivos agrícolas refere-se ao conjunto de práticas, infraestrutura e normas regulatórias necessárias para a guarda segura de produtos fitossanitários dentro de uma propriedade rural. No contexto do agronegócio brasileiro, esta etapa é crítica não apenas para a preservação da eficácia agronômica dos insumos, mas também para garantir a segurança dos trabalhadores, a proteção ambiental e a conformidade com a legislação vigente (como a NR 31 e decretos estaduais/federais).
Não se trata apenas de estocar produtos em um galpão; envolve a construção de um depósito específico que atenda a requisitos técnicos de alvenaria, ventilação e contenção de vazamentos. O objetivo é evitar a degradação química dos produtos devido a fatores climáticos (umidade, calor excessivo e luz solar direta), prevenir acidentes de trabalho e impedir a contaminação do solo e de recursos hídricos. Além disso, um armazenamento correto é o pré-requisito fundamental para um controle de estoque eficiente, evitando perdas financeiras por vencimento de validade ou extravios.
Infraestrutura de Contenção: O local deve possuir piso impermeável e muretas de contenção (lombadas) capazes de reter o volume armazenado em caso de vazamento acidental, evitando que o produto escorra para o solo ou cursos d’água.
Ventilação e Iluminação: O depósito deve contar com ventilação natural eficiente (elementos vazados ou janelas teladas) para evitar o acúmulo de gases tóxicos e vapores, além de iluminação adequada que não incida diretamente sobre as embalagens.
Segregação e Organização: Os produtos devem ser organizados sobre paletes ou prateleiras, nunca em contato direto com o chão, e separados por classe toxicológica ou tipo de produto (herbicidas, inseticidas, fungicidas) para evitar contaminação cruzada.
Sinalização de Segurança: É obrigatória a presença de placas de advertência (ex: “Cuidado: Veneno”, “Proibida a Entrada de Pessoas Não Autorizadas”) e símbolos de perigo visíveis nas portas e áreas internas.
Distanciamento Seguro: A construção deve respeitar distâncias mínimas de residências, alojamentos, refeitórios e fontes de água, conforme estipulado pelas normas regulamentadoras e legislação local.
Gestão de Validade (PEPS): Adote o sistema “Primeiro que Entra, Primeiro que Sai” (PEPS). Organize o armazenamento de forma que os produtos com data de validade mais próxima fiquem à frente e sejam utilizados primeiro, evitando prejuízos com descarte de insumos vencidos.
Logística Reversa de Embalagens: O depósito deve prever um espaço segregado para o armazenamento temporário de embalagens vazias lavadas (tríplice lavagem) até o momento da devolução às unidades de recebimento (INPEV), conforme a Lei nº 9.974/00.
Documentação Obrigatória: Mantenha sempre acessíveis no local as Fichas de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) e os receituários agronômicos correspondentes aos produtos estocados, para consulta em caso de fiscalização ou emergência.
Kit de Emergência: É fundamental manter próximo ao local, mas fora da área de risco direto, um kit de mitigação contendo materiais absorventes (serragem, areia ou mantas), EPIs extras e extintores de incêndio adequados para produtos químicos.
Restrição de Acesso: O depósito deve permanecer trancado sempre que não houver movimentação de carga, e o acesso deve ser restrito apenas a funcionários treinados (com curso de aplicação de defensivos e NR 31) para manusear os produtos.
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