Artigos sobre Bichinhos Brancos na Planta

O que é Bichinhos Brancos Na Planta

A expressão “bichinhos brancos na planta” é uma descrição visual comum utilizada por produtores rurais e técnicos de campo para identificar, em uma primeira análise, a presença de pragas minúsculas nas culturas. Embora esse termo seja frequentemente associado à mosca-branca (Bemisia tabaci) ou cochonilhas, no contexto de artigos sobre pulgões, ele refere-se muitas vezes à aparência de colônias de afídeos (pulgões) em estágios específicos ou à presença de exúvias. As exúvias são as “peles” brancas e vazias deixadas para trás quando os insetos realizam a muda durante seu crescimento, criando um aspecto de pó ou resíduo branco sobre as folhas.

Além das exúvias, certas espécies de pulgões, especialmente em suas fases jovens (ninfas) ou dependendo da coloração da espécie (como o pulgão amarelo-palha ou verde-translúcido), podem parecer esbranquiçadas a olho nu sob a luz solar intensa. Esses insetos são hemípteros sugadores de seiva que se alojam preferencialmente na parte inferior das folhas e nos brotos novos, causando danos diretos e indiretos significativos às lavouras brasileiras, como soja, milho, algodão e trigo.

A identificação correta é crucial, pois o que parece ser apenas um “bichinho branco” pode indicar uma infestação avançada de pulgões. A presença desses insetos está frequentemente associada à secreção de uma substância açucarada (honeydew), que favorece o crescimento de um fungo escuro chamado fumagina. Portanto, ao avistar pontos brancos móveis ou estáticos na planta, o produtor deve realizar um monitoramento técnico para distinguir entre pulgões, moscas-brancas ou cochonilhas, definindo assim a estratégia de manejo mais assertiva.

Principais Características

• Tamanho Reduzido e Coloração Variável: Os insetos medem entre 1,5 mm e 3 mm; embora muitos sejam verdes ou pretos, ninfas e espécies como o pulgão amarelo-palha podem apresentar coloração pálida que se confunde com branco.
• Presença de Exúvias: Uma característica marcante de infestações de pulgões é o acúmulo de exúvias (esqueletos externos trocados), que aparecem como cascas brancas e secas sobre as folhas e o solo.
• Localização na Planta: Concentram-se majoritariamente na face abaxial (inferior) das folhas e nas partes mais tenras e jovens da planta, onde a sucção de seiva é facilitada.
• Formação de Colônias: Tendem a se agrupar em grandes quantidades, formando “reboleiras” iniciais que podem se espalhar rapidamente por toda a lavoura se não controladas.
• Secreção de Honeydew: Produzem uma substância pegajosa e brilhante sobre as folhas, que serve de substrato para o desenvolvimento de fumagina (camada escura), reduzindo a área fotossintética.

Importante Saber

• Diferenciação de Pragas: É fundamental distinguir pulgões de moscas-brancas e cochonilhas, pois, embora todos possam parecer “bichinhos brancos”, os inseticidas e métodos de controle biológico variam para cada praga.
• Vetor de Doenças: Além do dano direto pela sucção de seiva, esses insetos são vetores eficientes de viroses que podem comprometer permanentemente a produtividade da cultura.
• Velocidade de Reprodução: O ciclo biológico é extremamente rápido (15 a 25 dias), e a reprodução assexuada (partenogênese) permite que as populações explodam em poucos dias, exigindo monitoramento constante.
• Indicativo de Estresse: A presença massiva desses insetos pode indicar que a planta está sob estresse hídrico ou nutricional, condições que favorecem a biologia da praga e a tornam mais suscetível ao ataque.
• Danos Físicos Visíveis: O ataque causa encarquilhamento (enrugamento) das folhas, amarelamento generalizado da planta e deformação dos brotos, sintomas que devem ser verificados juntamente com a presença dos insetos.
• Resistência Genética: Devido à alta taxa de reprodução, o uso indiscriminado de um mesmo princípio ativo pode selecionar populações resistentes; a rotação de produtos é essencial no manejo.