Pulverizador Agrícola: Guia de Escolha, Regulagem e Uso
Pulverizador agrícola: conheça os diferentes tipos, suas características principais e as melhores recomendações
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Os bicos de pulverização, tecnicamente conhecidos como pontas de pulverização, são os componentes finais do circuito hidráulico de um pulverizador e desempenham o papel mais crítico na tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas. Eles são responsáveis por transformar o líquido pressurizado (a calda) em gotas de tamanhos controlados, além de determinar a vazão do produto e o padrão de distribuição sobre o alvo. Embora representem uma fração mínima do custo total de um pulverizador autopropelido ou tratorizado, são eles que definem a eficiência agronômica do tratamento fitossanitário.
No contexto da agricultura brasileira, onde as janelas de aplicação são curtas e as condições climáticas variam intensamente, a escolha correta do bico é fundamental para equilibrar a cobertura do alvo com a redução de perdas. Um bico inadequado pode gerar gotas muito finas, altamente suscetíveis à deriva e evaporação em dias quentes, ou gotas excessivamente grossas, que podem escorrer para o solo sem cobrir a superfície da folha de maneira eficaz. Portanto, o bico atua como uma válvula de precisão que regula a quantidade exata de ingrediente ativo entregue por hectare.
Existem diversos modelos projetados para finalidades específicas, desde aplicações de herbicidas sistêmicos em pré-plantio até fungicidas de contato em culturas com alta densidade foliar. A tecnologia embarcada nessas peças evoluiu significativamente, incluindo sistemas de indução de ar e materiais de alta durabilidade, como a cerâmica, para suportar a abrasividade dos produtos químicos e garantir a uniformidade da aplicação ao longo de toda a safra.
Espectro de gotas: Capacidade de fragmentar o líquido em classes de gotas específicas (muito finas, finas, médias, grossas, muito grossas e ultra grossas), o que dita o potencial de cobertura e o risco de deriva.
Padrão de distribuição: Formatos de jato distintos para cada necessidade, sendo os principais o jato plano (tipo leque), usado para uniformidade em barras, e o jato cônico (vazio ou cheio), focado em penetração no dossel da cultura.
Vazão nominal (ISO): A quantidade de líquido liberada por minuto sob determinada pressão, geralmente identificada visualmente por um sistema de cores padronizado internacionalmente (ex: amarelo, azul, vermelho).
Material de construção: Fabricados em materiais como polímero (plástico de engenharia), aço inoxidável ou cerâmica, sendo a cerâmica a que oferece maior resistência ao desgaste e à corrosão química.
Tecnologia de indução de ar: Presença de orifícios que inserem ar na gota, tornando-a maior e menos sujeita ao vento, sem comprometer a eficácia de certos produtos sistêmicos.
Monitoramento de desgaste: Bicos desgastados aumentam a vazão e desuniformizam a aplicação; recomenda-se a substituição imediata quando a vazão de uma ponta ultrapassa 10% da média nominal do conjunto.
Pressão de trabalho: Cada modelo de bico possui uma faixa de pressão ideal; operar fora desses limites altera o tamanho da gota e prejudica a distribuição do defensivo.
Adequação ao alvo: Para produtos de contato (que não circulam na planta), prefere-se bicos que geram gotas mais finas para maior cobertura; para produtos sistêmicos, gotas médias ou grossas são mais seguras e eficientes.
Altura da barra: O ângulo de abertura do bico (geralmente 80° ou 110°) determina a altura correta da barra em relação à cultura para garantir a sobreposição ideal dos jatos e evitar falhas (“bigodes”).
Sistema de filtragem: É crucial utilizar filtros de linha e de ponta com a malha adequada (ex: malha 50, 80 ou 100) para a vazão do bico escolhido, evitando entupimentos constantes que paralisam a operação.
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