Tecnologias em Defensivos Agrícolas: Inovações para Controle na Lavoura
Cada vez mais as tecnologias têm nos ajudado no campo, principalmente em relação à aplicação de defensivos químicos. Neste artigo listamos 5 tecnologias que pod
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Os biopesticidas, também conhecidos como defensivos biológicos ou bioinsumos, são produtos formulados a partir de organismos vivos (como bactérias, fungos, vírus e insetos benéficos) ou substâncias naturais derivadas deles, utilizados para o controle de pragas e doenças na agricultura. Diferentemente dos agroquímicos sintéticos tradicionais, esses insumos atuam por meio de mecanismos naturais, como predação, parasitismo, competição ou antibiose, visando reduzir a população do alvo sem necessariamente erradicá-la completamente, mas mantendo-a abaixo do nível de dano econômico.
No contexto do agronegócio brasileiro, o uso de biopesticidas tem crescido exponencialmente, impulsionado pela necessidade de práticas mais sustentáveis e pela eficácia no manejo da resistência de pragas a moléculas químicas. Eles são ferramentas fundamentais dentro do Manejo Integrado de Pragas (MIP), permitindo uma rotação de modos de ação que preserva a longevidade das tecnologias de controle e reduz o impacto ambiental nas lavouras de soja, milho, algodão e hortifrúti.
Alta especificidade: Atuam focados em pragas-alvo específicas, preservando insetos não-alvo e inimigos naturais presentes na lavoura, o que favorece o equilíbrio ecológico do sistema produtivo.
Diversidade de agentes: Podem ser microbiológicos (vírus como o Baculovírus, bactérias como Bacillus thuringiensis, e fungos como Beauveria ou Metarhizium) ou macrobiológicos (insetos predadores e parasitoides, como a vespinha Trichogramma).
Baixa toxicidade e resíduo: Geralmente apresentam baixo ou nenhum período de carência, reduzindo riscos de contaminação ambiental e a presença de resíduos químicos nos alimentos colhidos.
Manejo de resistência: Funcionam como uma excelente ferramenta para rotacionar com defensivos químicos, quebrando o ciclo de seleção de pragas resistentes às moléculas sintéticas tradicionais.
Sensibilidade ambiental: Sendo organismos vivos ou derivados, sua eficácia e viabilidade dependem diretamente de condições climáticas adequadas (temperatura e umidade) e logística de armazenamento correta.
Armazenamento rigoroso: Produtos biológicos exigem cuidados especiais, devendo ser mantidos em locais frescos, sombreados e protegidos da luz solar direta para manter a viabilidade dos organismos até o momento da aplicação.
Condições de aplicação: Evite aplicar em horários quentes ou períodos de estiagem severa; a preferência deve ser pelo início da manhã ou final da tarde, quando a umidade relativa do ar é maior e a radiação UV é menor.
Compatibilidade de mistura: Ao utilizar fungos entomopatogênicos ou nematicidas biológicos, deve-se ter extrema cautela na mistura de tanque com fungicidas químicos, pois estes podem inativar o agente biológico.
Cuidado com a redundância: Não é recomendado aplicar bioinseticidas à base de Bacillus thuringiensis (Bt) em lavouras que já possuem a tecnologia Bt geneticamente modificada (sementes transgênicas), para evitar aumentar a pressão de seleção e acelerar a resistência da praga.
Estágio da praga: O sucesso do biopesticida depende da aplicação no momento certo; por exemplo, o Baculovírus e o Bt são significativamente mais eficazes em lagartas nos estágios iniciais (pequenas), perdendo eficiência conforme a praga cresce.
Seletividade: Antes de combinar o manejo químico com o biológico, é essencial verificar a tabela de seletividade para garantir que o defensivo químico utilizado não elimine os inimigos naturais ou os agentes biológicos aplicados.
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