Aplicação de Defensivos: 5 Dicas para Reduzir Desperdício
Aplicação de defensivos agrícolas pode ser um dos gargalos de desperdícios no campo. Neste artigo listamos 5 dicas infalíveis para aplicação. Confira!
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A bula de defensivos agrícolas é o documento técnico-legal oficial que acompanha qualquer produto fitossanitário comercializado no Brasil. Ela funciona como o manual de instruções definitivo para o uso seguro e eficiente de agrotóxicos, sendo o resultado de anos de pesquisa e desenvolvimento. No contexto regulatório brasileiro, a bula é aprovada por três órgãos competentes: o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), responsável pela eficiência agronômica; a ANVISA, que avalia os riscos à saúde humana; e o IBAMA, que analisa os impactos ambientais.
Para o produtor rural e o agrônomo, a bula não é apenas uma formalidade, mas a principal ferramenta para garantir a rentabilidade da lavoura e a sustentabilidade do sistema produtivo. Ela contém todas as diretrizes necessárias para que o produto atinja o alvo biológico (praga, doença ou planta daninha) sem causar danos à cultura (fitotoxidez), ao aplicador ou ao meio ambiente. Ignorar as instruções da bula é uma das principais causas de desperdício de insumos, falhas de controle e contaminação ambiental.
Além da versão impressa que acompanha as embalagens, as bulas estão disponíveis em formatos digitais através de sistemas como o Agrofit (do MAPA) e bases estaduais. A consulta a este documento é a primeira etapa obrigatória do planejamento de qualquer pulverização, alinhando a tecnologia de aplicação com as especificidades químicas e biológicas do produto adquirido, conforme exigido pela Lei 7.802/89.
Identificação e Composição: Detalha o nome comercial, o ingrediente ativo, a concentração, o grupo químico e o tipo de formulação (ex: suspensão concentrada, granulado dispersível), dados essenciais para o manejo de resistência e rotação de produtos.
Indicações de Uso: Especifica para quais culturas o produto é registrado e quais alvos biológicos (pragas, doenças, plantas daninhas) ele controla, garantindo a legalidade da aplicação.
Doses e Volume de Calda: Estabelece a quantidade exata de produto por hectare ou por volume de água, além de recomendar o volume de calda ideal para garantir a cobertura necessária sem escorrimento ou deriva.
Intervalos de Segurança: Define o Período de Carência (Intervalo de Segurança), que é o tempo entre a última aplicação e a colheita, e o Intervalo de Reentrada, tempo necessário para que pessoas possam entrar na área tratada sem EPIs.
Classificação Toxicológica e Ambiental: Apresenta as faixas coloridas e categorias que indicam o grau de periculosidade do produto para a saúde humana e o potencial de periculosidade ambiental, orientando os cuidados no manuseio.
Tecnologia de Aplicação: Fornece orientações sobre o tipo de equipamento, pontas de pulverização (bicos), pressão de trabalho e condições climáticas ideais (temperatura, umidade e vento) para evitar perdas.
Consulta Prévia Obrigatória: A leitura da bula deve ocorrer antes da compra e antes de cada aplicação, pois as recomendações podem variar conforme o estágio da cultura ou a pressão da praga, evitando erros operacionais que geram desperdício.
Ferramentas de Consulta: Além da bula física, utilize plataformas oficiais como o sistema Agrofit ou sites de agências estaduais (como a ADAPAR/SEAB) para acessar as versões mais atualizadas e verificar a situação do registro do produto.
Segurança do Trabalho: A bula determina quais Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são obrigatórios para cada etapa do processo (preparo da calda e aplicação), protegendo a saúde do operador contra intoxicações.
Manejo de Resistência: Seguir as doses e o número máximo de aplicações recomendados na bula é crucial para evitar a seleção de pragas e doenças resistentes aos princípios ativos.
Descarte de Embalagens: O documento orienta sobre os procedimentos de lavagem (tríplice ou sob pressão) e a devolução das embalagens vazias aos postos de recebimento, cumprindo a legislação de logística reversa.
Responsabilidade Técnica: A aplicação de defensivos em desacordo com a bula (uso off-label) é ilegal, pode resultar em multas, embargos da produção e rejeição da carga por resíduos químicos acima do permitido.
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