O que é Bula Engeo Pleno

A Bula do Engeo Pleno refere-se ao documento técnico oficial e obrigatório que acompanha o inseticida de mesmo nome, amplamente utilizado na agricultura brasileira. Este documento é aprovado pelos órgãos reguladores competentes — Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Anvisa e Ibama — e contém todas as diretrizes legais e agronômicas para o uso correto do produto. O defensivo em questão é formulado à base de dois ingredientes ativos distintos: o Tiametoxam (do grupo dos neonicotinoides) e a Lambda-cialotrina (do grupo dos piretroides), conferindo-lhe ação sistêmica e de contato.

No contexto do receituário agronômico, a consulta à bula do Engeo Pleno é a etapa fundamental para garantir a eficácia do controle de pragas e a segurança ambiental. O documento detalha as culturas autorizadas, as pragas-alvo (como percevejos e lagartas), as doses recomendadas e as tecnologias de aplicação. Como destacado em artigos sobre compêndios agrícolas, as bulas sofrem atualizações constantes; portanto, o acesso à versão mais recente deste documento é vital para que o engenheiro agrônomo prescreva o produto em conformidade com a legislação vigente, evitando autuações e problemas de resíduos nos alimentos.

Principais Características

  • Composição Mista: A bula descreve a associação de dois modos de ação: o Tiametoxam, que circula na planta (sistêmico) atingindo pragas sugadoras, e a Lambda-cialotrina, que age por contato e ingestão, oferecendo efeito de choque rápido.
  • Espectro de Controle: O documento lista uma ampla gama de alvos biológicos, sendo referência no manejo de percevejos (como o percevejo-marrom na soja), pulgões, cigarrinhas e algumas lagartas desfolhadoras.
  • Versatilidade de Culturas: A bula regulamenta o uso em diversas culturas de importância econômica no Brasil, incluindo soja, milho, algodão, feijão, trigo, batata e café, especificando doses para cada situação.
  • Tecnologia Zeon: Em muitas formulações descritas na bula (como o Engeo Pleno S), destaca-se a tecnologia de microencapsulamento, que visa proteger o ativo e liberar o produto de forma mais controlada e segura para o aplicador.
  • Classificação Toxicológica: O documento apresenta a classificação de risco à saúde humana e ao meio ambiente, determinando as faixas de perigo e os cuidados necessários no manuseio.

Importante Saber

  • Intervalo de Segurança (Carência): A bula estipula rigorosamente o número de dias que deve ser respeitado entre a última aplicação e a colheita. Este período varia conforme a cultura e é crucial para garantir que o alimento não contenha resíduos acima do permitido.
  • Proteção de Polinizadores: Devido à presença de neonicotinoides, a bula contém advertências específicas sobre o risco para abelhas e outros insetos benéficos, restringindo a aplicação em épocas de floração ou exigindo horários específicos de pulverização.
  • Manejo de Resistência: O documento orienta sobre a necessidade de rotacionar o produto com defensivos de outros grupos químicos para evitar que as pragas desenvolvam resistência aos ingredientes ativos da mistura.
  • Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): A leitura da bula é obrigatória para identificar quais EPIs são exigidos para o preparo da calda e para a aplicação, visando a saúde do trabalhador rural.
  • Obrigatoriedade do Receituário: O uso do Engeo Pleno, assim como de qualquer agroquímico, exige a emissão de um Receituário Agronômico por profissional habilitado, que deve basear sua prescrição estritamente nas informações contidas na bula atualizada.
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