Adubo para Feijão: O Guia Completo para uma Adubação de Alta Produtividade
Adubo para Feijão: veja que adubar de forma correta, com estratégias certeiras, pode permitir as produções esperadas em seu cultivo.
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A calagem para a cultura do feijão é uma prática fundamental de manejo do solo que consiste na aplicação de calcário para neutralizar a acidez e fornecer nutrientes essenciais, como Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg). No contexto do agronegócio brasileiro, onde grande parte dos solos — especialmente nas regiões de Cerrado — apresenta acidez elevada e presença de alumínio tóxico, a calagem atua como o alicerce para a produtividade. Como o feijoeiro é uma planta de ciclo curto e sistema radicular sensível, a correção química do ambiente radicular é indispensável para garantir o estabelecimento inicial da lavoura e o desenvolvimento vigoroso das plantas.
Além de corrigir o pH, elevando-o para faixas ideais de cultivo, a calagem prepara o terreno para receber a adubação mineral. Sem essa correção prévia, a eficiência dos fertilizantes aplicados (como NPK) é drasticamente reduzida, pois a acidez provoca a fixação química de elementos como o fósforo, tornando-os indisponíveis para a planta. Portanto, a calagem não é apenas uma correção de solo, mas uma estratégia econômica que maximiza o retorno sobre o investimento em fertilizantes e protege o potencial produtivo da lavoura contra limitações químicas.
Neutralização da Acidez: Eleva o pH do solo, eliminando a acidez ativa e potencial que restringe o desenvolvimento fisiológico do feijoeiro.
Redução de Toxicidade: Neutraliza o Alumínio (Al) e o Manganês (Mn) em excesso, elementos que são tóxicos para as raízes e impedem a absorção correta de água e nutrientes.
Fornecimento de Nutrientes: Atua como fonte direta e econômica de macronutrientes secundários vitais, especificamente Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg).
Aumento da Disponibilidade de Fósforo: Diminui a fixação do Fósforo (P) pelas argilas do solo, um dos maiores desafios na agricultura tropical, deixando-o livre para absorção pela planta.
Estímulo à Biota do Solo: Cria um ambiente favorável para a atividade de microrganismos benéficos, essenciais para a decomposição da matéria orgânica e para a fixação biológica de nitrogênio.
Base na Análise de Solo: A decisão de calagem deve ser sempre baseada em uma análise de solo criteriosa, realizada preferencialmente dois meses antes do plantio, com amostragem representativa da área (sub-amostras misturadas de glebas homogêneas).
Antecedência de Aplicação: Para que o calcário reaja adequadamente e corrija a acidez a tempo do plantio, a aplicação deve ocorrer idealmente 3 meses antes da semeadura; prazos menores exigem o uso de calcário com PRNT (Poder Relativo de Neutralização Total) mais elevado.
Métodos de Cálculo: A definição da dose (Necessidade de Calcário
NC) pode ser feita pelo método da saturação por bases ou pelo método da neutralização da acidez e elevação de Ca e Mg, sendo necessário ajustar a quantidade final (QC) conforme o PRNT do produto e a profundidade de incorporação.
Modo de Aplicação: A distribuição deve ser uniforme; em sistemas convencionais, a incorporação profunda é recomendada para corrigir um maior volume de solo, enquanto no Plantio Direto consolidado a aplicação é superficial, resultando em uma correção mais lenta e gradual.
Efeito na Estrutura Física: Além dos benefícios químicos, a calagem auxilia na melhoria da estrutura física do solo, favorecendo a aeração e a infiltração de água, o que ajuda a planta a suportar melhor curtos períodos de estiagem.
Cuidado com a Supercalagem: A aplicação excessiva de calcário pode elevar demais o pH, causando a indisponibilidade de micronutrientes metálicos (como Zinco, Ferro e Manganês), prejudicando o desenvolvimento da cultura tanto quanto a acidez.
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