Calcário Calcítico, Magnesiano e Dolomítico: Qual Usar na Sua Lavoura?
Calcário calcítico: o que é, quais são os tipos de calcário, como escolher o melhor, quando utilizar, benefícios da calagem e muito mais.
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Ler o Guia Principal sobre Calcário Calcítico →O calcário calcítico é um corretivo de acidez do solo amplamente utilizado na agricultura, caracterizado por ser uma rocha sedimentar moída com composição química específica. Sua principal distinção em relação aos outros tipos de calcário reside na elevada concentração de óxido de cálcio (CaO), que varia entre 45% e 55%, e no baixo teor de óxido de magnésio (MgO), que é sempre inferior a 5%. Essa composição o torna uma fonte primária de cálcio para as plantas, atuando simultaneamente na neutralização do pH do solo.
No contexto do agronegócio brasileiro, onde a acidez e a presença de alumínio tóxico são problemas recorrentes em solos tropicais, a calagem com calcário calcítico é uma prática de manejo essencial, porém deve ser criteriosa. Diferente do calcário dolomítico, que fornece magnésio em abundância, o calcítico é indicado especificamente para situações onde o solo já apresenta níveis adequados de magnésio ou quando o objetivo é corrigir a relação cálcio/magnésio (Ca:Mg) elevando apenas o primeiro.
A utilização deste insumo impacta diretamente a fertilidade do solo, promovendo o aumento da saturação por bases e melhorando o ambiente radicular para a absorção de nutrientes. Sua aplicação deve ser planejada, pois, se utilizado em solos deficientes em magnésio sem uma fonte complementar desse nutriente, pode-se criar um desequilíbrio nutricional que afeta a produtividade da lavoura. Portanto, o calcário calcítico é uma ferramenta técnica de precisão para o ajuste fino da química do solo.
Alta concentração de Cálcio: Possui teores de óxido de cálcio (CaO) entre 45% e 55%, sendo uma excelente fonte deste macronutriente para o desenvolvimento estrutural das plantas.
Baixo teor de Magnésio: Apresenta concentração de óxido de magnésio (MgO) inferior a 5%, o que o diferencia dos tipos magnesiano e dolomítico.
Neutralização da Acidez: Atua quimicamente na correção do pH do solo, neutralizando íons de hidrogênio (H+) e reduzindo a saturação por alumínio tóxico.
Origem Sedimentar: É obtido através da moagem fina de rochas calcárias, o que influencia sua reatividade dependendo da granulometria do produto final.
Custo de Aquisição: Geralmente, o calcário calcítico tende a apresentar um custo menor em comparação ao calcário dolomítico, embora isso varie conforme a região e a logística.
Dependência da Análise de Solo: A escolha pelo calcário calcítico nunca deve ser aleatória; ela deve ser baseada estritamente na análise de solo para verificar se há necessidade de cálcio sem a demanda concomitante de magnésio.
Relação Ca:Mg: O uso deste calcário é estratégico para ajustar a relação ideal entre cálcio e magnésio no solo, que deve situar-se entre 3:1 e 4:1, evitando que o excesso de um nutriente iniba a absorção do outro.
Necessidade de Complementação: Se aplicado em solos pobres em magnésio, o produtor precisará investir em outras fontes de adubação (como sulfato ou óxido de magnésio), o que pode elevar o custo final de produção em comparação ao uso de calcário dolomítico.
Tempo de Reação: Assim como outros corretivos, o calcário calcítico não tem efeito imediato; a aplicação deve ocorrer de 2 a 3 meses antes do plantio para garantir a reação completa.
Condições de Umidade: Para que o calcário reaja e libere os íons corretivos, o solo precisa apresentar umidade adequada, idealmente superior a 80% da capacidade de campo.
Eficiência na Correção: Para fins exclusivos de correção de pH (acidez), o calcário calcítico é tão eficiente quanto o magnesiano ou dolomítico, diferenciando-se apenas pelo aporte nutricional que oferece.
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