Módulo 1 - Aula 1: Regulagem e Calibração de Pulverizadores para Máxima Eficiência
Aprenda o passo a passo completo para regular e calibrar seu pulverizador, evitando perdas de até 50% na aplicação de defensivos agrícolas...
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A calibração de pulverizadores é o conjunto de procedimentos técnicos destinados a ajustar e verificar a precisão dos equipamentos de aplicação de defensivos agrícolas. No contexto do agronegócio brasileiro, onde os custos com insumos são elevados, este processo visa garantir que a quantidade exata de ingrediente ativo seja depositada no alvo biológico, minimizando desperdícios e impactos ambientais. Não se trata apenas de uma manutenção mecânica, mas de uma sincronização entre a velocidade de deslocamento da máquina, a pressão de trabalho e a vazão das pontas de pulverização.
Na prática, a calibração correta assegura a uniformidade da distribuição da calda e o tamanho adequado das gotas, fatores determinantes para a eficácia do controle de pragas, doenças e plantas daninhas. Dados do setor indicam que a falta de calibração pode resultar em perdas superiores a 50% do produto aplicado, seja por escorrimento, deriva ou evaporação. Portanto, é uma etapa fundamental de pré-operação que impacta diretamente a rentabilidade da lavoura e a sustentabilidade do sistema produtivo, evitando falhas de controle que exigiriam reaplicações onerosas.
Sincronização de variáveis: Envolve o equilíbrio preciso entre a velocidade do trator ou autopropelido, a pressão do sistema hidráulico e a vazão específica das pontas escolhidas.
Definição do espectro de gotas: O processo determina o tamanho das gotas geradas (finas, médias ou grossas), influenciando diretamente a cobertura do alvo e o risco de deriva conforme as condições climáticas.
Dependência da integridade do sistema: A calibração eficaz exige a verificação prévia e limpeza de filtros, mangueiras e do sistema de agitação para garantir que a calda chegue homogênea e sem obstruções aos bicos.
Especificidade operacional: Não é um ajuste universal ou permanente; deve ser realizada ou conferida a cada mudança de cultura, produto químico ou alteração nas condições de campo.
Controle de vazão: Baseia-se na medição do volume de líquido expelido pelos bicos em um determinado tempo, comparando-o com a vazão nominal indicada pelo fabricante para identificar desgastes.
A limpeza de pontas entupidas durante a calibração jamais deve ser feita com objetos metálicos, arames ou canivetes, pois isso danifica o orifício e altera permanentemente o padrão de pulverização; utilize ar comprimido ou escovas de cerdas macias.
A eficiência do sistema de agitação é um ponto crítico muitas vezes negligenciado; falhas na agitação podem causar variações de concentração de até 300% na calda, resultando em subdosagem no início e superdosagem no final da aplicação.
Pulverizadores descalibrados podem gerar variações de dose de até 40% entre diferentes pontos da lavoura, o que compromete a eficácia do tratamento e pode causar fitotoxicidade na cultura.
A escolha e manutenção dos filtros (sucção, linha e bico) devem respeitar a malha adequada (mesh) para cada etapa do sistema, evitando tanto o entupimento das pontas quanto a restrição indevida do fluxo da calda.
O impacto financeiro da falta de calibração é direto: estima-se que perdas por má aplicação podem custar centenas de reais por hectare, somando-se o desperdício do produto químico e a redução do potencial produtivo da lavoura.
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