Caruru-Palmeri (*Amaranthus palmeri*): Guia Completo de Identificação e Manejo
Caruru Amaranthus palmeri: Época certa para controle, quais herbicidas usar e as principais dicas para minimizar casos de resistência e evitar prejuízos.
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Ler o Guia Principal sobre Caruru Amaranthus Palmeri →O Amaranthus palmeri, conhecido popularmente como caruru-palmeri, é uma planta daninha exótica de origem norte-americana que representa uma das ameaças fitossanitárias mais severas para a agricultura brasileira contemporânea. Detectada oficialmente no Brasil em 2015, no estado de Mato Grosso, esta espécie distingue-se dos carurus nativos pela sua agressividade extrema na competição por água, luz e nutrientes, além de apresentar uma biologia que favorece a rápida ocupação de áreas agrícolas.
A grande preocupação em torno desta planta reside no seu histórico em países como Estados Unidos e Argentina, onde populações de Amaranthus palmeri desenvolveram resistência múltipla a diversos mecanismos de ação de herbicidas. Essa característica torna o controle químico convencional extremamente difícil e oneroso. A presença desta invasora em uma propriedade pode desvalorizar as terras e elevar significativamente os custos de produção, exigindo um manejo complexo e integrado para evitar a inviabilização econômica da lavoura.
No contexto do agronegócio brasileiro, o caruru-palmeri é monitorado com rigor. Diferente de outras plantas daninhas comuns, sua identificação exige notificação aos órgãos competentes, como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para que medidas de contenção sejam aplicadas. Sua capacidade de crescer mais rápido que as culturas comerciais, como soja e milho, permite que ela domine o dossel rapidamente, interceptando a luz solar e suprimindo o desenvolvimento da safra.
Crescimento Acelerado: Apresenta uma taxa de crescimento vertical agressiva, variando de 4 cm a 6 cm por dia, podendo ultrapassar 2 metros de altura total.
Sistema Reprodutivo Dioico: É uma planta dioica, possuindo flores masculinas e femininas em plantas separadas, o que favorece a variabilidade genética e a adaptação ao ambiente.
Alta Produção de Sementes: Uma única planta fêmea pode produzir entre 200 mil e 1 milhão de sementes, garantindo uma reposição massiva do banco de sementes no solo.
Morfologia Foliar: As folhas variam de formato ovado a rômbico e, diferentemente de outras espécies de caruru, a planta é totalmente glabra (não possui pelos).
Pecíolo Longo: Uma característica distintiva é o comprimento do pecíolo (haste que prende a folha ao caule), que, quando dobrado sobre a folha, frequentemente ultrapassa o comprimento da lâmina foliar.
Impacto na Produtividade: A competição imposta por esta planta pode causar perdas de rendimento de até 90% na cultura da soja e 79% no milho, dependendo da densidade da infestação.
Resistência a Herbicidas: A espécie possui alta propensão a desenvolver resistência a herbicidas, o que exige rotação de princípios ativos e impede a dependência de um único método de controle.
Disseminação por Máquinas: O principal vetor de dispersão a longas distâncias são as colhedoras e implementos agrícolas sujos; a higienização rigorosa de máquinas vindas de áreas suspeitas é obrigatória.
Identificação Crítica: A confusão visual com carurus nativos é comum; a observação da ausência de pelos e das inflorescências (flores) é fundamental para o diagnóstico correto.
Notificação Obrigatória: Ao suspeitar da presença de Amaranthus palmeri, o produtor deve isolar a área e contatar técnicos ou órgãos de defesa sanitária imediatamente para evitar a disseminação para talhões vizinhos.
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