Cigarrinha-Verde: Guia Completo para Identificação e Controle na Lavoura
Cigarrinha-verde: entenda seu comportamento e confira quais práticas de manejo cultural, biológico e químico podem ser mais eficazes
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Ler o Guia Principal sobre Cigarrinha Verde →A Cigarrinha-verde (Empoasca kraemeri) é um inseto da ordem Hemiptera e da família Cicadellideae, considerada uma das pragas de maior importância econômica para diversas culturas no Brasil, com destaque especial para o feijoeiro e a soja. Trata-se de uma praga polífaga, ou seja, que possui a capacidade de se alimentar de diferentes espécies de plantas, o que facilita sua sobrevivência na lavoura entre safras através de plantas daninhas ou voluntárias (tigueras).
Sua relevância no agronegócio deve-se ao seu alto potencial destrutivo. O inseto atua sugando a seiva das plantas e injetando toxinas que alteram a fisiologia vegetal. Se não manejada corretamente, a infestação pode comprometer drasticamente o desenvolvimento da cultura, levando a perdas que podem chegar a 90% da produção de grãos. Por ser um inseto pequeno e ágil, sua identificação precoce é um desafio constante para produtores e agrônomos, exigindo monitoramento rigoroso para evitar danos irreversíveis à produtividade.
Inseto adulto de coloração verde-clara, medindo aproximadamente 3 mm de comprimento e caracterizado por grande agilidade na lavoura.
Possui aparelho bucal do tipo picador-sugador, utilizado para perfurar os tecidos da planta e extrair seiva diretamente do floema.
As ninfas (estágio jovem) são verde-translúcidas, localizam-se preferencialmente na parte inferior das folhas e atingem a fase adulta em cerca de 15 dias.
O ciclo reprodutivo envolve a deposição de ovos nas nervuras das folhas, com eclosão ocorrendo entre uma e duas semanas.
A praga injeta saliva tóxica durante a alimentação, o que causa obstrução dos vasos condutores de seiva e necrose dos tecidos.
Os danos visuais causados pela cigarrinha-verde são frequentemente confundidos com estresse hídrico (seca) ou deficiência nutricional, devido ao amarelamento e ressecamento das folhas.
Um sintoma clássico do ataque é o encarquilhamento (enrugamento) das folhas, que se curvam para baixo e adquirem uma textura coriácea (semelhante a couro).
O ataque da praga é especialmente crítico durante a fase de floração, pois pode provocar o abortamento de flores e vagens, reduzindo diretamente o rendimento final.
As lesões iniciais nas folhas servem como porta de entrada para patógenos secundários, como fungos e bactérias, agravando o estado sanitário da lavoura.
O controle eficiente depende do Manejo Integrado de Pragas (MIP), monitorando não apenas a cultura principal, mas também plantas hospedeiras na entressafra.
A identificação deve ser feita observando o envés (parte de baixo) das folhas, onde ninfas e adultos costumam se abrigar e se alimentar.
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