Logística da Pluma de Algodão: Desafios e Soluções do Campo ao Porto
Logística da pluma do algodão: entenda os desafios que ainda temos de enfrentar e como manter a qualidade no processo de escoamento.
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Ler o Guia Principal sobre Colheita de Algodão →A colheita de algodão é a etapa conclusiva e uma das mais críticas do ciclo produtivo da cultura, determinando diretamente a rentabilidade do produtor e a qualidade final da fibra (pluma). No Brasil, país que figura entre os maiores produtores e exportadores mundiais, este processo é predominantemente mecanizado e exige alto nível de tecnificação e planejamento. A operação consiste na retirada dos capulhos das plantas, devendo ser realizada no momento exato de maturação fisiológica para evitar perdas quantitativas e qualitativas.
Além de ser uma operação logística complexa, a colheita impacta diretamente a classificação comercial do produto. Fatores como umidade, impurezas minerais ou vegetais e danos mecânicos à fibra influenciam o valor pago pela indústria têxtil. Por isso, o manejo pré-colheita, incluindo o uso estratégico de desfolhantes e maturadores, é essencial para uniformizar a lavoura e permitir que as colhedoras operem com máxima eficiência, preservando as características intrínsecas da pluma desenvolvida no campo.
Alta Mecanização: Utilização de colhedoras de alta tecnologia (sistemas de fuso ou pente) que realizam a extração da fibra e, frequentemente, o enfardamento preliminar ainda no campo.
Dependência Climática: A operação exige condições de tempo seco; a chuva ou alta umidade relativa do ar durante a colheita comprometem severamente a qualidade da fibra.
Manejo de Desfolha: Necessidade de aplicação de defensivos para derrubar as folhas e abrir os capulhos uniformemente, reduzindo a contaminação da pluma por matéria verde.
Logística Integrada: O processo de colheita está intrinsecamente ligado ao transporte imediato ou armazenamento temporário para posterior envio às algodoeiras (beneficiamento).
Janela de Colheita: Ocorre geralmente após o ciclo de 130 a 170 dias da cultura, variando conforme a cultivar e a região produtora (como Mato Grosso e Bahia).
Monitoramento da Umidade: Colher com umidade excessiva (acima dos padrões recomendados, geralmente 12%) pode causar o “amarelamento” da fibra e fermentação nos fardos, gerando deságio no preço.
Regulagem de Máquinas: A velocidade de deslocamento e a calibração da colhedora são cruciais; ajustes incorretos aumentam o índice de impurezas e podem causar danos físicos à fibra (ruptura).
Controle de Plantas Daninhas: A presença de invasoras na lavoura durante a colheita contamina o material colhido, dificultando o processo de descaroçamento e limpeza na indústria.
Prevenção de Incêndios: Devido à alta inflamabilidade do algodão e ao atrito das máquinas, é obrigatório manter sistemas de combate a incêndio e aceiros limpos durante a operação.
Armazenamento no Campo: Ao armazenar os fardos ou módulos no campo antes do transporte, deve-se evitar o contato direto com o solo para impedir a absorção de umidade e o desenvolvimento de fungos.
Altura das Plantas: O manejo de reguladores de crescimento durante a safra visa manter as plantas entre 1m e 1,3m, altura ideal para a eficiência das colhedoras mecânicas.
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