Colheita Mecanizada de Café: Como Aumentar Eficiência e Reduzir Custos
Colheita mecanizada do café: confira as vantagens, desvantagens e cuidados que você deve ter utilizando esse método!
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A colheita mecanizada de café consiste na utilização de máquinas automotrizes ou tracionadas, equipadas com sistemas de hastes vibratórias, para realizar a derriça dos frutos do cafeeiro. Diferente dos métodos manuais ou semimecanizados (que utilizam derriçadeiras portáteis), este sistema permite a operação em larga escala, substituindo a força humana direta no contato com a planta pela vibração mecânica controlada. No Brasil, maior produtor mundial do grão, este método já responde por cerca de 50% de toda a produção nacional, consolidando-se como uma solução estratégica para otimizar o tempo de safra e contornar a escassez de mão de obra no campo.
A tecnologia envolvida nessas máquinas permite que elas transitem sobre as linhas de plantio (nas entrelinhas), envolvendo a planta com seus rolos vibradores. A eficiência do processo está diretamente ligada à capacidade de regular a intensidade da vibração e a velocidade de deslocamento, permitindo desde uma colheita seletiva (focada apenas nos frutos maduros) até a colheita plena (retirada total dos frutos). Além de agilizar o recolhimento da safra, a mecanização desempenha um papel crucial na redução dos custos operacionais, tornando a atividade cafeeira mais competitiva, especialmente em propriedades com áreas superiores a 25 hectares.
Sistema de Vibração: As colhedoras operam através de cilindros com hastes que oscilam e vibram os ramos do cafeeiro, fazendo com que os frutos se desprendam pela inércia, caindo em sistemas de recolhimento na base da máquina.
Seletividade Regulável: Permite ajustes finos de vibração e freio das hastes para derrubar preferencialmente os frutos maduros (cereja), preservando os verdes para uma passada posterior, o que é essencial para a qualidade da bebida.
Alta Capacidade Operacional: Uma única máquina pode cobrir grandes áreas em curto espaço de tempo, reduzindo a exposição da lavoura a riscos climáticos e pragas tardias.
Limitação Topográfica: O uso pleno é condicionado ao relevo da propriedade, sendo ideal para terrenos planos ou com declividade moderada (geralmente até 15% ou 20%), embora existam tecnologias específicas para terrenos mais acidentados.
Redução de Custos: Estudos indicam que a mecanização pode reduzir os custos de colheita entre 30% a mais de 60% em comparação à colheita manual, dependendo da eficiência da gestão e das condições da lavoura.
Regulagem é Fundamental: A eficiência da colheita e a saúde da planta dependem da correta regulagem da máquina. Vibração excessiva pode causar desfolha severa e danos aos ramos, prejudicando a safra seguinte, enquanto vibração insuficiente deixa muitos frutos no pé.
Planejamento de Passadas: É comum realizar a colheita em duas ou três etapas (passadas), com intervalos de aproximadamente 20 a 25 dias, para acompanhar a maturação desigual dos frutos e garantir o máximo aproveitamento.
Impacto na Fisiologia da Planta: A colheita mecanizada rápida libera a planta mais cedo do peso dos frutos, permitindo um período maior de recuperação vegetativa e acúmulo de reservas para a próxima florada, o que pode incrementar a produtividade futura.
Qualidade do Grão: Ao permitir a colheita seletiva e evitar o contato do fruto com o solo (já que a máquina recolhe e armazena o café), a mecanização contribui significativamente para a produção de cafés especiais e de maior valor agregado.
Viabilidade Econômica: Embora o custo operacional seja menor, o investimento inicial na aquisição do maquinário é alto. Portanto, a decisão pela mecanização deve considerar o tamanho da área, a topografia e o retorno sobre o investimento (ROI) a médio e longo prazo.
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