Colheita de Feijão: 3 Dicas Essenciais para Maximizar a Eficiência e o Lucro
Colheita do feijão: entenda os principais passos para garantir uma colheita mais eficiente. Confira agora mesmo!
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A colheita mecanizada de feijão refere-se ao processo agrícola onde todas as etapas da retirada da cultura do campo — desde o corte ou arranquio das plantas até a trilha, separação e limpeza dos grãos — são realizadas exclusivamente por meio de máquinas agrícolas. Diferente do sistema semimecanizado, ainda muito comum no Brasil, onde o arranquio é manual e apenas a trilha é feita por máquinas, a mecanização total visa otimizar o tempo operacional e reduzir a dependência de mão de obra, um recurso cada vez mais escasso e oneroso nas regiões produtoras.
No contexto do agronegócio brasileiro, a adoção da colheita mecanizada pode ocorrer de duas formas distintas: a colheita indireta e a colheita direta. A escolha entre esses métodos depende de fatores como a topografia do terreno, a cultivar utilizada e a disponibilidade de maquinário específico. Enquanto a colheita indireta envolve operações separadas de corte/enleiramento seguidas pelo recolhimento e trilha, a colheita direta realiza todo o processo em uma única passada, assemelhando-se ao manejo de culturas como a soja e o milho, embora exija condições mais específicas da lavoura para evitar perdas qualitativas.
A implementação desse sistema é estratégica para produtores que buscam escala e eficiência. Além de agilizar a retirada do grão do campo, minimizando a exposição a intempéries climáticas no final do ciclo, a mecanização permite um controle mais rigoroso sobre o momento exato da colheita. Contudo, ela exige um planejamento agronômico prévio, desde a escolha de sementes com arquitetura adequada até o preparo do solo, garantindo que a tecnologia empregada resulte em ganho real de produtividade e lucratividade.
Modalidades de Operação: Divide-se em colheita indireta (duas etapas: corte/enleiramento e posterior recolhimento/trilha) e colheita direta (operação única de corte e trilha), sendo a indireta a mais adaptável às cultivares tradicionais.
Exigência de Topografia: A eficiência do maquinário, especialmente na colheita direta, depende de um terreno bem regularizado e nivelado para evitar que a plataforma de corte recolha terra junto com os grãos ou deixe vagens baixas para trás.
Arquitetura da Planta: Para a mecanização eficiente, especialmente na modalidade direta, é preferível o uso de cultivares de porte ereto e com inserção de vagens mais alta, reduzindo as perdas físicas durante a operação.
Velocidade Operacional: Proporciona um rendimento de área significativamente superior ao método manual ou semimecanizado, permitindo colher grandes extensões em janelas de tempo curtas.
Redução de Mão de Obra: Elimina a necessidade de grandes equipes para o arranquio manual, mitigando problemas relacionados à escassez de trabalhadores rurais e custos trabalhistas.
Ponto de Maturação Fisiológica: O momento ideal para iniciar o planejamento da colheita é o estádio R9, quando as vagens mudam de cor (geralmente para um tom de palha) e o grão atinge seu peso seco máximo.
Monitoramento da Umidade: A colheita deve visar grãos com umidade próxima a 15%. Colher com umidade muito superior pode causar amassamento mecânico (“dano mecânico”), enquanto umidade muito baixa aumenta a quebra e a degrana natural.
Uso de Dessecantes: A aplicação de dessecantes é uma prática recomendada para uniformizar a maturação da lavoura e controlar plantas daninhas que poderiam embuchar as máquinas ou aumentar a umidade da massa colhida.
Riscos da Colheita Direta: Embora mais rápida, a colheita direta apresenta maior risco de contaminação dos grãos com terra e impurezas minerais se o solo não estiver perfeitamente nivelado, o que deprecia o valor comercial do produto.
Impacto Climático: O atraso na entrada das máquinas, muitas vezes causado por chuvas excessivas no final do ciclo, pode levar à germinação dos grãos ainda dentro das vagens e ao aumento do ataque de pragas de armazenamento.
Regulagem de Maquinário: A calibração correta das colheitadeiras (velocidade do cilindro, abertura do côncavo e ventilação) é crucial para equilibrar a limpeza dos grãos com a minimização de perdas e danos físicos ao produto.
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