Artigos sobre Como Plantar Feijao de Corda

O que é Como Plantar Feijao De Corda

O termo “Como Plantar Feijão de Corda” refere-se ao conjunto de práticas agronômicas voltadas para o cultivo da espécie Vigna unguiculata, popularmente conhecida no Brasil como feijão-caupi, feijão-macassar ou feijão-de-praia. Diferente do feijão comum (Phaseolus vulgaris), esta cultura possui exigências edafoclimáticas específicas, sendo amplamente difundida nas regiões Norte e Nordeste, e mais recentemente, consolidando-se como uma opção estratégica de “safrinha” no Cerrado brasileiro. O processo de plantio envolve desde a escolha da cultivar adequada até o manejo do solo, visando a produção de grãos secos, verdes ou sementes.

No contexto do agronegócio nacional, saber plantar feijão de corda corretamente é fundamental para garantir a segurança alimentar regional e a rentabilidade do produtor. A cultura destaca-se por sua rusticidade e capacidade de adaptação a condições de menor fertilidade e maior estresse hídrico, comparada a outras leguminosas. O planejamento do plantio deve considerar a finalidade da produção (consumo humano ou exportação) e o nível tecnológico da propriedade, variando desde a agricultura familiar manual até sistemas altamente mecanizados em grandes extensões de terra.

Principais Características

• Rusticidade e Adaptação Climática: O feijão de corda é reconhecido por sua alta tolerância a temperaturas elevadas e resistência moderada à seca, desenvolvendo-se bem em faixas de temperatura entre 20°C e 30°C, sendo sensível a climas frios e geadas.
• Fixação Biológica de Nitrogênio: Uma das características mais marcantes é sua excelente capacidade de simbiose com bactérias do gênero Bradyrhizobium, o que reduz significativamente a necessidade de adubação nitrogenada mineral quando a inoculação é bem realizada.
• Variedade de Hábito de Crescimento: As cultivares podem apresentar porte ereto, semiereto, prostrado ou semiprostrado. Essa característica define o espaçamento e a densidade de semeadura, sendo as variedades de porte ereto as mais indicadas para a colheita mecanizada.
• Ciclo da Cultura: Geralmente apresenta um ciclo curto a médio, variando de 60 a 90 dias, o que permite sua inserção em janelas de plantio apertadas ou em rotação de culturas, favorecendo o sistema de plantio direto.
• Exigências de Solo: Embora tolere solos com menor fertilidade natural e leve acidez, a cultura responde vigorosamente à correção do solo (calagem) e adubação fosfatada, preferindo solos profundos, bem drenados e com textura média a arenosa.

Importante Saber

• Época de Semeadura: A definição da janela de plantio deve respeitar o zoneamento agrícola de risco climático (ZARC) da região. No Nordeste, planta-se geralmente no início das chuvas; no Centro-Oeste, é comum o cultivo na safrinha, após a colheita da soja, aproveitando a umidade residual.
• Inoculação das Sementes: A prática da inoculação com estirpes de bactérias específicas para o feijão-caupi é indispensável para maximizar a produtividade e reduzir custos. Em áreas de primeiro cultivo, recomenda-se doses maiores de inoculante para garantir a nodulação eficiente.
• Densidade e Espaçamento: O arranjo espacial das plantas impacta diretamente a produtividade e a incidência de doenças. Para cultivares de porte ereto, utiliza-se maior densidade e menor espaçamento entre linhas (40 a 50 cm), enquanto variedades prostradas exigem maior espaçamento para evitar o auto-sombreamento excessivo.
• Manejo de Pragas e Doenças: O monitoramento deve ser constante, especialmente contra pragas como o pulgão, a mosca-branca e carunchos (no armazenamento). Doenças fúngicas e viroses, como o Mosaico Dourado, podem causar perdas severas se não houver controle preventivo e uso de sementes sadias.
• Colheita e Pós-Colheita: O ponto de colheita é crítico para evitar a debulha natural no campo e a perda de qualidade do grão. Se o objetivo for o grão seco, a umidade deve estar adequada (cerca de 13% a 15%) para o armazenamento seguro, evitando a proliferação de fungos e insetos.