O que é Como Plantar Feijaozinho

No contexto da agricultura brasileira, especialmente quando associado ao cultivo de amendoim, o termo “feijãozinho” refere-se popularmente ao plantio da cultivar de amendoim do tipo Tatu (ou Valência). Esta variedade recebe esse apelido devido à coloração vermelha intensa de sua película e ao formato dos grãos, que lembram pequenos feijões. Diferente das variedades rasteiras (Runner) voltadas para a grande indústria de óleo e confeitaria, o “feijãozinho” possui hábito de crescimento ereto e é amplamente cultivado por pequenos e médios produtores, visando principalmente o mercado de consumo in natura (amendoim cozido ou torrado com casca).

O processo de como plantar essa variedade exige conhecimentos específicos que diferem ligeiramente do manejo do amendoim rasteiro. Por ter um ciclo mais curto e porte ereto, o “feijãozinho” é frequentemente utilizado em rotação de culturas rápidas, em entressafras ou em áreas menores de agricultura familiar. O interesse por saber como plantar esta variedade vem crescendo devido à sua rusticidade, facilidade de manejo (inclusive manual) e boa aceitação no mercado regional de “amendoim verde”. Portanto, entender o manejo do amendoim Tatu é fundamental para quem busca uma opção de rentabilidade rápida e baixo custo de implantação comparado às cultivares de ciclo longo.

Principais Características

  • Hábito de Crescimento Ereto: A planta cresce verticalmente, concentrando a produção de vagens na base da haste principal, o que facilita a colheita, seja ela manual ou mecanizada, e permite um espaçamento entre linhas mais adensado.
  • Ciclo Precoce: O amendoim tipo “feijãozinho” (Tatu) possui um ciclo fenológico curto, variando geralmente entre 90 a 110 dias, permitindo até duas safras no período das águas em algumas regiões do Brasil.
  • Características do Grão: Apresenta de 3 a 4 grãos por vagem, com película de coloração vermelha escura e sabor adocicado, sendo a preferência nacional para o consumo como amendoim cozido.
  • Baixa Dormência: As sementes possuem baixa dormência fisiológica, o que significa que, se houver atraso na colheita e excesso de umidade, os grãos podem germinar ainda dentro da vagem no campo.
  • Rusticidade: É uma variedade considerada rústica, com boa adaptação a solos menos férteis e maior tolerância a períodos curtos de veranico em comparação a outras leguminosas.

Importante Saber

  • Preparo do Solo e Calagem: O solo deve ser bem drenado, leve e arenoso para facilitar a penetração do ginóforo (esporão) e o desenvolvimento das vagens. A calagem é essencial para fornecer Cálcio, nutriente crucial para a formação da casca e enchimento dos grãos.
  • Época de Plantio: O plantio deve coincidir com o início das chuvas (geralmente entre outubro e novembro no Centro-Sul), garantindo umidade para a germinação e florescimento, mas evitando que a colheita ocorra sob chuvas intensas.
  • Espaçamento e Densidade: Devido ao porte ereto, recomenda-se um espaçamento menor entre linhas (40 a 50 cm) e uma densidade de plantas maior (15 a 20 plantas por metro linear) para maximizar a produtividade por área.
  • Controle de Plantas Daninhas: Como o ciclo é curto e a planta é ereta (fechando menos as entrelinhas que o tipo rasteiro), o controle de mato competição nos primeiros 40 dias é vital para não comprometer a produção.
  • Ponto de Colheita Crítico: Devido à baixa dormência, o monitoramento da maturação deve ser rigoroso. A colheita deve ser realizada assim que a maioria das vagens apresentar o interior da casca escurecido e os grãos estiverem formados, evitando perdas por brotamento.
  • Rotação de Culturas: O plantio do “feijãozinho” é excelente para recuperação de solo e fixação biológica de nitrogênio, sendo uma ótima opção para anteceder culturas como milho safrinha ou hortaliças.
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