Consórcio Rural: O Guia Completo para Investir na Sua Fazenda Sem Juros
Consórcio rural: veja como funciona, como usar o FGTS nesse processo, especificidades e mais informações sobre o tema!
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Ler o Guia Principal sobre Consórcio Rural →O consórcio rural é uma modalidade de crédito colaborativo e programado, amplamente utilizada no agronegócio brasileiro como uma ferramenta estratégica para a aquisição de bens e serviços sem a incidência de juros bancários tradicionais. Trata-se da união de pessoas físicas ou jurídicas em um grupo fechado, promovido por uma administradora autorizada, com a finalidade de formar uma poupança comum destinada à compra de bens móveis, imóveis ou serviços. No contexto da gestão da fazenda, ele atua como um mecanismo de planejamento financeiro de médio a longo prazo, permitindo a expansão patrimonial de forma sustentável.
Diferente de um financiamento convencional, onde o bem é adquirido de imediato mediante o pagamento de juros compostos, no consórcio o produtor paga parcelas mensais para constituir um fundo. A liberação do recurso, materializada na carta de crédito, ocorre quando o participante é contemplado, seja por meio de sorteios mensais ou pela oferta de lances (antecipação de parcelas). Essa carta confere ao produtor o poder de compra à vista, o que facilita negociações vantajosas na aquisição de tratores, colheitadeiras, implementos, terrenos, construção de silos, armazéns e até mesmo para investimento em tecnologia e infraestrutura.
Ausência de Juros Remuneratórios: A principal distinção financeira é a inexistência de taxas de juros sobre o valor do crédito; cobra-se apenas uma taxa de administração (remuneração da gestora) e fundo de reserva.
Formação de Fundo Comum: Os recursos pagos mensalmente pelos consorciados formam um caixa único, utilizado para custear as cartas de crédito dos membros contemplados naquele período.
Contemplação via Sorteio ou Lance: O acesso ao crédito ocorre de duas formas: pela sorte (sorteio mensal obrigatório) ou pelo esforço financeiro (oferta de um valor como lance para antecipar a retirada do bem).
Versatilidade de Uso: A carta de crédito possui flexibilidade, permitindo adquirir bens diversos dentro da categoria do grupo, desde maquinário pesado e veículos utilitários até imóveis rurais e benfeitorias.
Menor Burocracia na Adesão: Geralmente, a entrada em um grupo de consórcio exige menos garantias e comprovações de renda imediatas do que a aprovação de linhas de crédito bancário rural.
Planejamento de Longo Prazo: O consórcio não é indicado para aquisições emergenciais, pois a liberação do recurso não é imediata; é uma ferramenta para quem pode esperar ou planejar a renovação da frota e expansão da fazenda.
Poder de Negociação à Vista: Ao ser contemplado, o produtor tem em mãos uma carta de crédito que equivale a dinheiro vivo, permitindo negociar descontos significativos com fornecedores de máquinas e insumos.
Reajuste das Parcelas: Para manter o poder de compra do grupo frente à inflação, o valor da carta de crédito e das parcelas é reajustado periodicamente conforme índices de mercado ou tabelas de fabricantes.
Estratégia de Lances: Para produtores que desejam o bem mais rápido, é fundamental ter uma reserva financeira (capital de giro) para ofertar lances, aumentando as chances de contemplação sem depender apenas da sorte.
Custos Envolvidos: Embora não haja juros, o produtor deve estar atento ao Custo Efetivo Total (CET), que inclui taxa de administração, fundo de reserva (seguro contra inadimplência do grupo) e seguros de vida ou quebra de garantia.
Disciplina Financeira: A adesão exige rigor no fluxo de caixa da propriedade para honrar as mensalidades, visto que a inadimplência pode levar à exclusão do grupo ou cancelamento da cota, prejudicando o investimento realizado.
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