Manejo do Azevém: Guia Completo para Controle e Prevenção de Resistência
Azevém: época certa para controle, quais herbicidas utilizar e principais dicas para minimizar casos de resistências na lavoura.
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O Controle de Azevém refere-se ao conjunto de estratégias agronômicas adotadas para manejar a infestação de Lolium multiflorum, uma gramínea de ciclo anual que se tornou um dos principais desafios fitossanitários nas lavouras de inverno e na entressafra do agronegócio brasileiro, especialmente na região Sul. Originalmente utilizada como forrageira devido ao seu valor nutricional e capacidade de rebrota, a espécie disseminou-se de forma agressiva, competindo por recursos vitais como água, luz e nutrientes com culturas comerciais como trigo, cevada e aveia, além de impactar o estabelecimento inicial da soja no verão subsequente.
A complexidade desse controle reside na alta capacidade de adaptação da planta e na seleção de biótipos resistentes a múltiplos mecanismos de ação herbicida, incluindo o glifosato e inibidores da ACCase e ALS. O manejo eficiente não se limita apenas à aplicação química isolada, exigindo um planejamento integrado que envolve rotação de culturas, uso de sementes certificadas e aplicações em momentos estratégicos — como na pré-semeadura (dessecação) e na pré-emergência — para evitar perdas de produtividade que podem superar 60% em cereais de inverno devido à matocompetição.
Alta capacidade reprodutiva: Uma única planta pode produzir até 3 mil sementes, que possuem mecanismos de dormência, gerando fluxos de emergência escalonados na lavoura e dificultando a erradicação em uma única aplicação.
Resistência a herbicidas: O azevém apresenta um histórico severo de resistência no Brasil, com populações confirmadas tolerantes a inibidores da EPSPs (glifosato), ALS (como iodosulfuron) e ACCase (graminicidas), incluindo casos de resistência múltipla.
Morfologia de difícil controle: É uma planta glabra (sem pelos), ereta e com alto perfilhamento, características que, em estágios avançados de desenvolvimento, dificultam a retenção e absorção de gotas de pulverização.
Ciclo hibernal: Seu desenvolvimento é favorecido por temperaturas amenas (próximas a 20°C), coincidindo exatamente com a janela de cultivo de cereais de inverno, o que intensifica a competição direta com a cultura econômica.
Banco de sementes: Embora as sementes tenham viabilidade relativamente curta no solo (cerca de 540 dias), elas não necessitam de luz para germinar, permitindo a emergência mesmo sob a cobertura de outras culturas ou palhada.
Momento ideal de controle: A prioridade deve ser o manejo na entressafra ou pré-semeadura (dessecação), pois as opções de herbicidas seletivos para controle em pós-emergência dentro da cultura do trigo são limitadas e menos eficientes contra biótipos resistentes.
Período crítico de interferência: Em culturas como o trigo, a competição nos estágios iniciais é devastadora; a presença da planta daninha nos primeiros 12 a 24 dias após a emergência pode comprometer irreversivelmente o potencial produtivo da lavoura.
Rotação de mecanismos de ação: É mandatório alternar herbicidas com diferentes sítios de atuação na planta (como pré-emergentes, inibidores de síntese de ácidos graxos e outros) para retardar a evolução da resistência e preservar as tecnologias existentes.
Uso de pré-emergentes: A aplicação de herbicidas residuais no solo é uma ferramenta estratégica fundamental para reduzir o banco de sementes e controlar a planta antes que ela emerja, evitando a competição inicial.
Tecnologias de tolerância: O uso de cultivares com tecnologias específicas (como o sistema Clearfield) e a adoção de novas moléculas herbicidas são alternativas importantes para áreas onde a resistência múltipla aos produtos convencionais já está instalada.
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