Pragas do Milho: Identificação e Controle na Pré-Safra
Você conhece as principais pragas do milho e do sorgo? Listamos as 11 principais para você ficar de olho na sua lavoura e não ter prejuízos!
1 artigo encontrado com a tag " Controle de Coró"
O controle de coró refere-se ao conjunto de estratégias de manejo integrado adotadas para mitigar os danos causados pelas larvas de coleópteros (besouros), popularmente conhecidas como “pão-de-galinha” ou larva-branca. No cenário agrícola brasileiro, esta praga de solo assume grande relevância econômica, especialmente em culturas de gramíneas como milho, trigo, sorgo e pastagens, além de afetar a soja. O controle é fundamental porque as larvas se alimentam vorazmente do sistema radicular das plantas, comprometendo a absorção de água e nutrientes, o que pode levar à morte da plântula e à redução drástica do estande da lavoura.
A estratégia de controle não se resume apenas à aplicação de defensivos químicos, mas envolve um planejamento que começa na pré-safra. Como o coró é uma praga subterrânea, sua identificação tardia torna o combate extremamente difícil e oneroso. Portanto, o controle efetivo baseia-se na prevenção e no monitoramento do solo antes do plantio. O objetivo é reduzir a população da praga a níveis que não causem prejuízo econômico, protegendo o potencial produtivo das sementes e o vigor inicial das plantas.
No Brasil, a incidência de corós é frequentemente associada a sistemas de produção com grande acúmulo de palhada ou em áreas de pastagens convertidas para lavoura. O controle eficaz exige que o produtor entenda o ciclo biológico da praga, que geralmente apresenta maior atividade larval e danos severos entre os meses de outubro e dezembro. A falha no controle resulta em “reboleiras” (manchas) de plantas amareladas, raquíticas ou mortas, exigindo muitas vezes o replantio, o que eleva os custos de produção.
Hábito Subterrâneo: A praga atua inteiramente abaixo da superfície do solo, consumindo raízes e sementes, o que dificulta a visualização direta do inseto sem a abertura de trincheiras ou revolvimento da terra.
Sazonalidade Definida: A ocorrência e os danos são mais intensos logo após as primeiras chuvas da primavera e início do verão, coincidindo com a fase inicial de desenvolvimento de culturas de verão como o milho.
Sintomas de Deficiência Hídrica e Nutricional: O ataque ao sistema radicular impede a planta de absorver recursos, fazendo com que ela apresente sintomas visuais semelhantes aos de seca ou falta de nutrientes, mesmo em solo úmido e fértil.
Manejo Cultural: O revolvimento do solo (aragem ou gradagem) é uma característica importante do controle físico, pois expõe as larvas à radiação solar e a predadores naturais, como pássaros, reduzindo a população.
Associação com Plantas Daninhas: A presença de plantas invasoras e hospedeiros alternativos na entressafra favorece a sobrevivência e a multiplicação dos corós, servindo de alimento antes da cultura principal ser estabelecida.
Monitoramento Prévio é Crucial: Antes de iniciar o plantio, é indispensável realizar amostragens de solo (abertura de covas) para verificar a presença e a densidade populacional de larvas, determinando a necessidade de intervenção.
Tratamento de Sementes: O uso de inseticidas sistêmicos no tratamento de sementes é uma das ferramentas mais eficientes e econômicas para proteger a plântula nas fases iniciais, quando ela é mais vulnerável.
Identificação da Espécie: Nem todo coró é praga; algumas espécies alimentam-se apenas de matéria orgânica em decomposição (saprófagos) e são benéficas. É vital distinguir o coró-rizófago (que come raiz) do coró-saprófago para evitar gastos desnecessários.
Desafios no Plantio Direto: Em sistemas de plantio direto, onde o solo não é revolvido, o controle químico e a rotação de culturas ganham ainda mais peso, pois a palhada serve de abrigo para a praga.
Sincronismo com o Ciclo: O controle deve ser planejado considerando que os adultos (besouros) realizam a postura dos ovos no solo; eliminar as plantas daninhas onde os adultos ovipositam ajuda a quebrar o ciclo.
Danos Irreversíveis: Uma vez que o sistema radicular é severamente danificado e a planta tomba ou morre, não há recuperação. Por isso, o foco deve ser sempre preventivo e não curativo.
Ajude outros produtores compartilhando este conteúdo sobre Controle de Coró