O que é Controle De Elaterídeos

O controle de elaterídeos refere-se ao conjunto de estratégias agronômicas adotadas para manejar populações de insetos da família Elateridae, cujas formas larvais são popularmente conhecidas como “larva-arame”. No contexto do agronegócio brasileiro, esta prática é fundamental para a proteção de culturas de grande importância econômica, como milho, trigo, arroz e batata. O objetivo principal é evitar que essas pragas de solo ataquem o sistema radicular e as sementes logo após a semeadura, o que pode comprometer irreversivelmente o estande inicial da lavoura e causar prejuízos financeiros significativos.

A eficácia desse controle depende diretamente da implementação do Manejo Integrado de Pragas (MIP), priorizando ações preventivas antes mesmo do plantio. Como as larvas vivem no subsolo e possuem um exoesqueleto rígido e resistente, o combate curativo após a emergência da cultura é extremamente difícil e, muitas vezes, ineficiente. Portanto, o controle de elaterídeos envolve desde o monitoramento prévio da área para identificação da densidade populacional da praga até a escolha correta de tratamentos de sementes e práticas culturais que desfavoreçam a sobrevivência e o desenvolvimento do inseto no solo.

Principais Características

  • Foco no estágio larval: Embora o adulto seja o besouro estalinho, o alvo do controle é a larva-arame, fase em que o inseto se alimenta de sementes e raízes, apresentando corpo cilíndrico, rígido e coloração marrom-amarelada.

  • Janela de proteção crítica: As medidas de controle devem garantir a segurança da planta desde a germinação até os estágios iniciais de desenvolvimento vegetativo (como V2/V3 no milho), período em que a cultura é mais vulnerável.

  • Associação com sistemas de manejo: A incidência de elaterídeos costuma ser mais severa em áreas de plantio direto consolidado ou em sistemas de integração lavoura-pecuária, exigindo atenção redobrada nessas condições.

  • Dificuldade de acesso: Por ser uma praga subterrânea, o controle químico via pulverização foliar tem eficácia nula ou muito baixa, tornando o tratamento de sementes e a aplicação no sulco de plantio as principais ferramentas químicas.

  • Sintomatologia específica: O controle visa prevenir sintomas como falhas nas linhas de plantio, plantas atrofiadas, amarelamento ou arroxeamento (devido à má absorção de nutrientes) e a morte de plântulas.

Importante Saber

  • Monitoramento pré-plantio é essencial: A decisão de controle deve ser baseada em amostragens de solo ou uso de iscas antes da semeadura, pois não é possível remediar o ataque de forma eficiente depois que a cultura já está estabelecida.

  • Tratamento de Sementes (TS): O uso de inseticidas sistêmicos e de contato aplicados diretamente nas sementes é a tática mais difundida e eficaz para proteger o estande contra o ataque inicial da larva arame.

  • Danos secundários: Além de destruir tecidos vegetais, as perfurações causadas pela larva arame servem de porta de entrada para microrganismos patogênicos, como fungos e bactérias, que causam podridões radiculares.

  • Identificação no campo: Ao observar plantas murchas ou secas, o produtor deve arrancar a planta e inspecionar as raízes e a semente; a presença de furos ou da própria larva na base do caule confirma a necessidade de rever o manejo para safras futuras.

  • Rotação e manejo do solo: Em áreas com histórico de alta infestação, práticas culturais que expõem as larvas a predadores naturais e à dessecação pelo sol podem auxiliar na redução populacional da praga a médio prazo.

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