Guia de Fungicidas para Trigo: Como Escolher e Aplicar Corretamente
Fungicida para trigo: saiba quais são os principais no mercado, recomendações de uso, quando as aplicações devem ser feitas e mais!
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O controle de ferrugem no trigo refere-se ao conjunto de estratégias de manejo fitossanitário adotadas para prevenir, conter ou erradicar a incidência de doenças fúngicas do gênero Puccinia, especificamente a ferrugem da folha e a ferrugem do colmo. No cenário agrícola brasileiro, onde as condições climáticas de umidade e temperatura muitas vezes favorecem a proliferação de fungos, essas doenças representam um dos maiores riscos à produtividade, podendo comprometer severamente a área foliar fotossinteticamente ativa e, consequentemente, o enchimento e a qualidade dos grãos.
A prática não se resume apenas à aplicação de defensivos químicos, mas envolve um planejamento integrado que começa na escolha da semente e no tratamento industrial da mesma. O controle efetivo exige o monitoramento constante da lavoura para identificar os primeiros sinais do patógeno ou as condições climáticas favoráveis à sua instalação. O objetivo central é manter a sanidade da planta durante todo o ciclo, evitando que o fungo drene os nutrientes necessários para o desenvolvimento da cultura.
A complexidade desse controle reside na capacidade do fungo de sofrer mutações e desenvolver resistência aos princípios ativos utilizados. Por isso, o manejo moderno da ferrugem no trigo exige conhecimento técnico sobre grupos químicos, rotação de mecanismos de ação e o momento exato da entrada na lavoura, priorizando ações preventivas em detrimento das curativas, que costumam ser mais custosas e menos eficientes quando a infecção já está avançada.
Estratégia Preventiva: A característica mais marcante de um controle eficiente é a antecipação, realizando aplicações quando o clima é favorável à doença ou nos primeiros estágios de infecção, garantindo maior proteção residual.
Combinação de Grupos Químicos: O manejo padrão envolve o uso associado de diferentes mecanismos de ação, principalmente a mistura de Triazóis com Estrobilurinas, e mais recentemente Carboxamidas, para ampliar o espectro de controle.
Dependência Climática: A intensidade e a frequência do controle estão diretamente ligadas às condições ambientais; alta umidade e temperaturas amenas aceleram o ciclo do fungo, exigindo intervalos de aplicação mais curtos.
Uso de Multissítios: Para proteger a vida útil dos fungicidas sistêmicos e evitar resistência, é crescente a característica de adicionar fungicidas multissítios (protetores) às caldas de pulverização.
Tratamento de Sementes: O controle inicia-se antes mesmo da emergência, com o uso de fungicidas no tratamento de sementes para proteger a plântula nas fases iniciais de desenvolvimento contra inóculos presentes no solo ou na semente.
Risco de Resistência: Nunca se deve aplicar estrobilurinas de forma isolada no controle da ferrugem, pois isso aumenta drasticamente a pressão de seleção para fungos resistentes; a associação com triazóis ou outros grupos é obrigatória.
Monitoramento é Crucial: A decisão de aplicar não deve seguir apenas um calendário fixo, mas sim basear-se em vistorias frequentes para avaliar a incidência da doença e o estágio fenológico da cultura.
Janela de Aplicação: A eficiência de controle cai significativamente se a aplicação for feita de forma tardia (curativa/erradicante) em plantas com alto grau de infecção, resultando em perdas irreversíveis de produtividade.
Suscetibilidade da Cultivar: O nível de resistência genética da variedade plantada dita o rigor do controle químico; cultivares suscetíveis exigem monitoramento mais intenso e intervalos de aplicação mais rígidos.
Tecnologia de Aplicação: Para controlar a ferrugem, especialmente a do colmo e em estágios mais avançados da cultura, é fundamental garantir que a gota do pulverizador atinja o alvo, exigindo atenção às pontas de pulverização e volume de calda.
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