Inseticidas para Soja: Como Fazer o Manejo Certo para a Sua Lavoura
Inseticidas para soja: Veja as principais dicas de defensivos e suas aplicações para que você tenha um manejo de pragas mais eficiente e econômico.
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O controle de lagartas na soja refere-se ao conjunto de estratégias e práticas agronômicas adotadas para monitorar, prevenir e reduzir a população de lepidópteros que causam danos econômicos à cultura. No cenário agrícola brasileiro, esta é uma das atividades mais críticas do manejo fitossanitário, visto que o clima tropical favorece a multiplicação rápida de pragas que podem causar desfolha severa, danos às estruturas reprodutivas e, consequentemente, perdas significativas de produtividade.
Atualmente, este controle baseia-se fortemente nos princípios do Manejo Integrado de Pragas (MIP), que busca racionalizar o uso de defensivos agrícolas. O processo envolve a integração entre o controle químico (inseticidas), o controle cultural (como o vazio sanitário) e, principalmente, o uso de biotecnologia, com a predominância de sementes geneticamente modificadas (tecnologia Bt) que expressam proteínas tóxicas para lagartas específicas. O objetivo não é a eliminação total dos insetos, mas a manutenção de suas populações abaixo do Nível de Dano Econômico, garantindo a rentabilidade do produtor e a sustentabilidade do sistema produtivo.
Utilização extensiva da tecnologia Bt (como a INTACTA RR2 PRO), eficaz contra pragas-alvo como a lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis) e a falsa-medideira (Chrysodeixis includens).
Necessidade imperativa de áreas de refúgio (soja não-Bt) ocupando 20% do talhão para garantir a suscetibilidade das pragas e a longevidade da tecnologia.
Dependência do monitoramento constante (pano de batida) para quantificar a infestação e determinar o momento exato da intervenção.
Definição de ações baseadas no Nível de Controle (NC), que considera a densidade populacional da praga por metro linear e a porcentagem de desfolha da planta.
Coexistência de pragas controladas pela biotecnologia e pragas não-alvo (como Spodoptera spp.), exigindo estratégias de manejo diferenciadas dentro da mesma lavoura.
A presença de lagartas na lavoura não indica necessidade imediata de aplicação; é fundamental respeitar o Nível de Controle para evitar gastos desnecessários e seleção de resistência.
Nas áreas de refúgio, é esperado e necessário que haja uma população maior de lagartas para o cruzamento com indivíduos resistentes, mas o controle químico deve ser feito caso o dano atinja o limite estabelecido.
A tecnologia Bt não oferece proteção contra todas as pragas; insetos como lagartas do gênero Spodoptera, percevejos e ácaros atacam tanto a soja Bt quanto a convencional e exigem monitoramento rigoroso.
A avaliação visual da desfolha é um critério técnico essencial, pois a soja possui capacidade de compensação vegetativa, tolerando certos níveis de ataque sem prejuízo à produtividade final.
O manejo incorreto, como a não adoção do refúgio ou aplicações preventivas sem amostragem, pode levar à perda da eficácia das tecnologias transgênicas e aumentar drasticamente o custo de produção a longo prazo.
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