Percevejo-Marrom na Soja: Guia Completo de Manejo e Controle
Percevejo marrom: Conheça as melhores estratégias de controle, incluindo os principais inseticidas, controle biológico, época de aplicação e outros.
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O controle de percevejo refere-se ao conjunto de estratégias agronômicas implementadas para monitorar, prevenir e reduzir as populações de hemípteros, com destaque para o percevejo-marrom (Euschistus heros), que causam danos econômicos significativos às lavouras brasileiras. No contexto do agronegócio nacional, especialmente na cultura da soja, esta prática é vital dentro do Manejo Integrado de Pragas (MIP), uma vez que esses insetos atacam diretamente as estruturas reprodutivas das plantas (vagens e grãos), comprometendo tanto o volume de produção quanto a qualidade final do produto colhido.
A complexidade desse controle reside na capacidade de sobrevivência e adaptação da praga. Durante a entressafra, o percevejo pode entrar em diapausa (um estado de dormência) sob a palhada ou migrar para áreas de refúgio, retornando à cultura principal quando as condições são favoráveis. Portanto, o controle efetivo não se limita apenas à aplicação de defensivos químicos no momento do ataque; ele exige um entendimento sistêmico que envolve o monitoramento constante, a identificação correta dos estágios de desenvolvimento da praga (ninfas e adultos) e a rotação de mecanismos de ação para evitar a resistência aos inseticidas.
Período Crítico de Manejo: A fase de maior vulnerabilidade da cultura e necessidade de controle intensivo ocorre entre os estádios fenológicos R3 (formação das vagens) e R7 (início da maturação), onde o ataque causa danos diretos à produtividade.
Danos Qualitativos e Quantitativos: A sucção da seiva nas vagens resulta em grãos chochos, enrugados e com peso reduzido em até 40%, além de poder provocar distúrbios fisiológicos como a retenção foliar (“Soja Louca”).
Estágios de Desenvolvimento da Praga: O controle deve considerar que, além dos adultos, as ninfas a partir do 3º ínstar já possuem capacidade de causar danos significativos à lavoura, exigindo monitoramento de todas as fases móveis.
Comportamento de Diapausa: O percevejo-marrom possui a característica de hibernar na palhada ou em matas adjacentes durante o inverno, o que exige atenção ao manejo de restos culturais e plantas daninhas hospedeiras na entressafra.
Integração de Métodos: O controle eficaz moderna utiliza a associação de controle químico (inseticidas seletivos) com controle biológico (uso de inimigos naturais) para manter a população da praga abaixo do nível de dano econômico.
Monitoramento é Decisivo: A aplicação de medidas de controle deve ser baseada em amostragem frequente (pano de batida), e não apenas em calendário, para garantir a intervenção no momento exato e evitar gastos desnecessários ou perdas por atraso.
Impacto na Produção de Sementes: Em campos destinados à produção de sementes, o nível de controle deve ser ainda mais rigoroso, pois a picada do percevejo afeta diretamente o vigor e a viabilidade germinativa, inviabilizando o lote.
Manejo de Resistência: A rotação de princípios ativos de inseticidas é fundamental para preservar a eficácia dos produtos, visto que o uso repetitivo das mesmas moléculas seleciona populações resistentes de percevejos.
Atenção às Plantas Hospedeiras: A presença de plantas daninhas na área, como o capim-rabo-de-burro, pode servir de abrigo e fonte de alimento para a praga, dificultando o controle e servindo de “ponte” entre safras.
Sinais de Ataque Precoce: Embora o foco seja nas vagens, ataques em fases iniciais podem causar abortamento de estruturas reprodutivas e retardamento da maturação, exigindo vigilância desde o início do florescimento.
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