MIP em Soja e Milho: Guia Completo do Plantio à Proteção
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O controle de pragas da soja no Brasil é um componente fundamental do manejo agrícola, dada a pressão constante exercida pelo clima tropical que favorece a multiplicação de insetos durante todo o ano. Trata-se de um conjunto estratégico de práticas destinadas a manter as populações de insetos-praga — como lagartas, percevejos, tripes e ácaros — abaixo do nível de dano econômico. Esse gerenciamento não se resume apenas à aplicação de inseticidas; ele engloba a identificação correta da ameaça, o monitoramento constante da lavoura e a tomada de decisão baseada em critérios técnicos, alicerces do Manejo Integrado de Pragas (MIP).
No cenário brasileiro, o controle efetivo começa muitas vezes antes mesmo do plantio, através do tratamento de sementes e manejo de dessecação, e se estende até a fase reprodutiva da cultura. A estratégia exige o conhecimento da biologia das pragas, como o comportamento “escondido” das tripes nos folíolos ou a capacidade de desfolha das lagartas. O objetivo central é proteger o potencial produtivo da planta, garantindo que o estande inicial seja preservado e que a área foliar e as vagens permaneçam saudáveis para o enchimento de grãos, ao mesmo tempo em que se busca a racionalização do uso de insumos e a sustentabilidade do sistema produtivo.
Adoção do MIP (Manejo Integrado de Pragas): A base do controle moderno na soja não é a eliminação total dos insetos, mas a convivência em níveis que não gerem prejuízo, utilizando o monitoramento (pano de batida) para definir o momento exato da intervenção.
Diversidade de Ferramentas de Controle: O manejo utiliza uma combinação de controle químico (uso de inseticidas sintéticos como piretroides), controle biológico (uso de inimigos naturais), controle cultural e uso de variedades geneticamente modificadas.
Rotatividade de Mecanismos de Ação: Para garantir a longevidade das tecnologias, é característico o uso alternado de diferentes ingredientes ativos e grupos químicos, evitando que as pragas desenvolvam resistência aos produtos.
Foco nas Fases Críticas: O controle possui intensidades diferentes conforme o estágio da cultura, com atenção redobrada na fase de plântula (para garantir o estande) e no enchimento de grãos (para evitar danos diretos na produtividade por percevejos e tripes).
Influência Climática: A incidência e a severidade das pragas na soja brasileira são fortemente influenciadas pelo clima; por exemplo, períodos de seca tendem a favorecer a explosão populacional de pragas como tripes e ácaros.
Risco de Resistência: O uso repetitivo e incorreto de um mesmo grupo químico, como os piretroides, pode selecionar insetos resistentes, tornando o produto ineficaz e aumentando o custo de produção.
Pragas Secundárias Podem Surpreender: Insetos considerados secundários, como as tripes (Caliothrips brasiliensis e Frankliniella schultzei), podem causar perdas significativas de produtividade em condições de estresse hídrico e solos de baixa fertilidade.
Respeito à Bula e Legislação: A aplicação de defensivos deve seguir rigorosamente as recomendações do fabricante e do MAPA (via sistema Agrofit) quanto à dose, número máximo de aplicações e intervalo de segurança para evitar fitotoxidez e resíduos indesejados.
Nível de Ação (NA): A decisão de aplicar um defensivo deve ser tomada apenas quando a população da praga atinge o Nível de Ação preestabelecido; aplicações preventivas sem base técnica (“calendarizadas”) elevam custos e desequilibram o sistema.
Tecnologia de Aplicação: A eficácia do controle químico depende não apenas do produto escolhido, mas da qualidade da pulverização, que deve garantir que o ativo atinja o alvo, especialmente pragas que se alojam no baixeiro ou dentro dos folíolos.
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