Pulgão na Lavoura: Identificação e Controle [2025]
Pulgão na lavoura: aprenda a identificar, conheça os principais tipos e danos. Guia completo de controle químico e biológico para proteger sua produção em 2025.
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O controle de pulgão refere-se ao conjunto de estratégias de manejo integrado adotadas para monitorar, prevenir e reduzir as populações de afídeos (insetos da família Aphididae) nas lavouras. No contexto agrícola brasileiro, essa prática é fundamental, visto que esses insetos sugadores de seiva atacam culturas de alto valor econômico e estratégico, como soja, milho, trigo, algodão e cana-de-açúcar. O objetivo principal do controle não é apenas a eliminação pontual da praga, mas a manutenção de sua densidade populacional abaixo do nível de dano econômico, evitando prejuízos significativos à produtividade e à qualidade da colheita.
A necessidade de um controle rigoroso deve-se à natureza biológica do pulgão, um inseto pequeno (1,5 mm a 3 mm) que se alimenta da seiva elaborada, drenando nutrientes essenciais que a planta utilizaria para crescer, florescer e produzir grãos. Além da sucção direta, o controle visa mitigar danos colaterais graves: a injeção de toxinas que causam deformações vegetais e a excreção de uma substância açucarada (“honeydew”) que favorece o crescimento do fungo fumagina, prejudicando a fotossíntese. Dada a capacidade de reprodução assexuada e o ciclo de vida curto desses insetos, a ausência de medidas de controle rápidas e assertivas pode resultar em infestações generalizadas em poucos dias.
Morfologia e Identificação: Os pulgões possuem corpo mole de formato ovoide, sem separação clara entre cabeça e tórax, com antenas longas e estruturas chamadas sifúnculos na parte traseira.
Variação de Cores: Embora compartilhem a mesma estrutura corporal, as espécies podem variar em coloração, sendo comuns os pulgões amarelo-palha, verde-translúcido, preto e vermelho.
Ciclo Reprodutivo Acelerado: O ciclo biológico completo dura entre 15 e 25 dias, podendo ser holocíclico (com reprodução sexuada e fase de ovo) ou anolocíclico (reprodução assexuada por partenogênese), o que permite explosões populacionais rápidas.
Polimorfismo (Alados e Ápteros): As colônias podem apresentar indivíduos sem asas (ápteros) e com asas (alados); a presença de formas aladas indica que a população está se dispersando para colonizar novas áreas da lavoura.
Hábito Polífago: A maioria das espécies de importância agrícola consegue se alimentar de diversas plantas hospedeiras, o que facilita a sobrevivência da praga em diferentes culturas e plantas daninhas.
Monitoramento de Reboleiras: A infestação inicial costuma ocorrer em pequenas áreas concentradas (reboleiras); identificar esses focos precocemente é crucial para impedir que a praga tome conta de toda a lavoura.
Impacto da Temperatura: O desenvolvimento dos pulgões é favorecido por temperaturas entre 25 °C e 27 °C, faixa na qual o ciclo de vida se acelera, exigindo maior frequência de monitoramento pelo produtor.
Danos Indiretos (Fumagina): Além de sugar a seiva, os pulgões excretam um líquido açucarado que cobre as folhas e serve de substrato para a fumagina, um fungo escuro que bloqueia a luz solar e reduz a capacidade fotossintética da planta.
Suscetibilidade da Planta: Culturas sob estresse hídrico ou nutricional tornam-se alvos preferenciais, pois liberam compostos químicos que atraem os pulgões; manter a sanidade da planta é uma forma preventiva de controle.
Localização na Planta: Para um controle efetivo, deve-se inspecionar principalmente a face inferior das folhas e os brotos novos, locais onde os pulgões preferem se alojar por serem tecidos mais macios e nutritivos.
Potencial de Perda: Ataques severos, especialmente no início do estágio reprodutivo da cultura, podem causar perdas de produtividade drásticas, chegando a reduzir em até 40% o rendimento em lavouras de soja, por exemplo.
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