Inseticidas: Guia sobre Neonicotinoides, Organofosforados e Carbamatos
Mecanismo de ação dos inseticidas neonicotinoides, organofosforados e carbamatos: como eles funcionam no combate às pragas da sua lavoura
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O Controle Químico de Pragas consiste na utilização de substâncias sintéticas ou processadas, conhecidas popularmente como defensivos agrícolas, agrotóxicos ou produtos fitossanitários, para reduzir ou eliminar populações de organismos nocivos às lavouras. No contexto do agronegócio brasileiro, esta prática é uma das ferramentas mais utilizadas para garantir a produtividade em larga escala, especialmente considerando que o clima tropical e a extensão territorial do país favorecem a multiplicação rápida de insetos, ácaros e outras pragas durante todo o ano.
Esta estratégia não deve ser vista como uma solução isolada, mas sim como uma tática de intervenção dentro do Manejo Integrado de Pragas (MIP). O objetivo principal é aplicar o produto correto no momento exato em que a praga atinge o Nível de Controle (NC), evitando danos econômicos à cultura. Diferente dos fertilizantes, que nutrem a planta, o controle químico atua interferindo na fisiologia do organismo alvo, seja paralisando seu sistema nervoso, inibindo seu crescimento ou impedindo sua reprodução.
A eficácia desse método depende diretamente do conhecimento técnico sobre o produto e a praga. Existem diversas classes de defensivos, como inseticidas, acaricidas e nematicidas, cada um formulado para alvos específicos. A evolução tecnológica permitiu o desenvolvimento de moléculas mais seletivas e seguras, que buscam controlar a praga com menor impacto sobre inimigos naturais e o meio ambiente, desde que utilizadas seguindo rigorosamente as recomendações agronômicas e a legislação vigente.
Modos de Ação Diversificados: Os produtos podem agir por contato (atingindo a praga diretamente), ingestão (quando a praga se alimenta da planta tratada) ou de forma sistêmica (circulando pela seiva da planta e protegendo novos tecidos).
Mecanismos Fisiológicos: Os ingredientes ativos atuam em sistemas específicos dos insetos, como o bloqueio de canais de sódio no sistema nervoso (causando paralisia) ou a inibição da síntese de quitina (impedindo o crescimento e a troca de pele das larvas).
Espectro de Controle: Existem produtos de amplo espectro, que controlam diversas espécies simultaneamente, e produtos seletivos, desenhados para atingir apenas pragas específicas, preservando a fauna benéfica.
Efeito Residual e de Choque: Alguns defensivos oferecem um “efeito de choque” para controle imediato de altas infestações, enquanto outros possuem longo efeito residual, protegendo a lavoura por dias ou semanas após a aplicação.
Classificação Toxicológica: Todo produto químico possui uma classificação que indica seu grau de risco à saúde humana e ao meio ambiente, exigindo protocolos específicos de manuseio e segurança.
Manejo de Resistência: É crucial rotacionar produtos com diferentes mecanismos de ação (ingredientes ativos distintos) para evitar que as pragas desenvolvam resistência, o que tornaria as aplicações futuras ineficazes.
Momento da Aplicação: O uso de calendário fixo (aplicar em datas pré-determinadas) é desaconselhado; a aplicação deve ocorrer baseada no monitoramento constante da lavoura e apenas quando a população da praga atingir o nível de dano econômico.
Tecnologia de Aplicação: A eficácia do controle químico depende das condições climáticas (vento, temperatura, umidade) e da regulagem correta dos equipamentos (bicos, vazão) para garantir que o produto atinja o alvo desejado.
Segurança e Legislação: O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é obrigatório, assim como o respeito ao período de carência (tempo entre a aplicação e a colheita) e a devolução correta das embalagens vazias.
Interação com Biotecnologia: Em lavouras com tecnologia Bt (transgênicas), o controle químico pode ser necessário como complemento, especialmente para pragas não-alvo da tecnologia ou para manejo de resistência em áreas de refúgio.
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