Guia Completo das Principais Pragas do Algodão e Como Controlá-las
Principais pragas do algodão: Saiba quais insetos você deve se atentar e quais são os melhores métodos e dicas cruciais para seu controle.
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O controle químico na cultura do algodão consiste na utilização de defensivos agrícolas (inseticidas, herbicidas e fungicidas) como ferramenta tática para reduzir a população de pragas, doenças e plantas daninhas a níveis que não causem prejuízos econômicos. No cenário do agronegócio brasileiro, onde o clima tropical favorece o ciclo contínuo de insetos e patógenos, esta prática é um dos pilares fundamentais para garantir a produtividade e a qualidade da fibra, sendo frequentemente a medida curativa mais rápida e eficaz quando os níveis de controle são atingidos.
Devido à complexidade do agroecossistema do algodoeiro, que possui mais de 1300 espécies de insetos associadas e pragas-chave agressivas como o bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis), o controle químico raramente é utilizado de forma isolada. Ele deve estar inserido no Manejo Integrado de Pragas (MIP), atuando em conjunto com métodos culturais, biológicos e comportamentais. A eficiência desse método depende diretamente da escolha correta do ingrediente ativo, da tecnologia de aplicação e do momento exato da pulverização.
A tomada de decisão para o uso do controle químico baseia-se no monitoramento constante da lavoura. Diferente de aplicações calendarizadas, a abordagem técnica moderna exige a avaliação dos danos nas estruturas reprodutivas (botões florais e maçãs). O objetivo não é a erradicação total dos insetos, mas a manutenção da população abaixo do nível de dano econômico, preservando, sempre que possível, os inimigos naturais presentes na área através do uso de produtos seletivos.
Rapidez de ação (Efeito de Choque): O controle químico oferece uma resposta imediata para baixar populações de pragas que atingiram níveis críticos, evitando perdas irreversíveis nas estruturas reprodutivas do algodoeiro.
Diversidade de modos de ação: Existem produtos que atuam por contato, ingestão ou via sistêmica, permitindo estratégias diferentes para pragas mastigadoras (como lagartas e bicudo) ou sugadoras (como pulgões e mosca-branca).
Flexibilidade de aplicação: Pode ser realizado desde o tratamento de sementes, protegendo a planta na fase inicial (como no caso da broca-da-raiz), até pulverizações aéreas ou terrestres durante o florescimento e maturação.
Dependência de tecnologia de aplicação: A eficácia está intrinsecamente ligada à calibração correta de equipamentos, escolha de pontas de pulverização e condições climáticas no momento da aplicação para evitar deriva e garantir a cobertura do alvo.
Necessidade de rotação de ativos: Para evitar a seleção de populações resistentes, é característico e obrigatório o uso alternado de grupos químicos com diferentes mecanismos de ação.
Monitoramento é pré-requisito: A aplicação só deve ocorrer quando a praga atinge o nível de controle. Por exemplo, para o bicudo, o monitoramento de botões florais atacados e o número de maçãs por planta definem a tolerância e a necessidade de entrada com o químico.
Foco na Praga-Chave: O bicudo-do-algodoeiro é o principal alvo do controle químico no Brasil. Existem dezenas de produtos registrados no Agrofit para este fim, exigindo estratégia para atingir o inseto que muitas vezes fica protegido pelas brácteas.
Seletividade é crucial: Sempre que possível, deve-se optar por inseticidas seletivos que controlem a praga alvo mas poupem os inimigos naturais (predadores e parasitoides), mantendo o equilíbrio ecológico da lavoura.
Manejo de Resistência: O uso repetitivo do mesmo princípio ativo pode tornar as pragas resistentes. É vital seguir as recomendações agronômicas de rotação de produtos para manter a eficácia das moléculas disponíveis no mercado.
Integração com outras táticas: O controle químico é mais eficiente quando combinado com ações como a destruição de soqueiras (vazio sanitário), plantio-isca e uso de armadilhas (tubo mata-bicudo) nas bordaduras.
Segurança e Legislação: O uso de defensivos exige receituário agronômico, respeito aos períodos de carência (intervalo entre aplicação e colheita) e uso rigoroso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para segurança do aplicador e do meio ambiente.
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