Solo Alcalino: Como Identificar e Corrigir o pH para Aumentar a Produtividade
Solo Alcalino: Como identificar e as opções mais efetivas para corrigir o pH em sua propriedade. Confira agora!
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A correção de solo alcalino consiste no conjunto de práticas de manejo agronômico voltadas para a redução do pH do solo quando este se encontra em níveis superiores a 7,0. Embora a agricultura brasileira lide predominantemente com a acidez natural dos solos tropicais, a alcalinidade é uma realidade técnica importante em regiões de clima semiárido, como partes do Nordeste, áreas do Pantanal ou em zonas sujeitas a inundações periódicas. Além das causas naturais geológicas e climáticas, este fenômeno pode ocorrer de forma induzida pelo próprio produtor, geralmente através da aplicação excessiva ou equivocada de calcário (supercalagem), o que desequilibra a química do solo.
O objetivo principal dessa correção é restabelecer o equilíbrio eletroquímico para garantir a disponibilidade de nutrientes essenciais às culturas. Em ambientes com pH elevado, ocorre a insolubilização de micronutrientes metálicos — como Ferro, Manganês, Zinco e Cobre — e também do macronutriente Fósforo, tornando-os indisponíveis para absorção pelas raízes, mesmo que estejam presentes no solo. O processo de correção busca aumentar a concentração de íons de hidrogênio (H⁺) na solução do solo, neutralizando o excesso de bases (como carbonatos de cálcio, magnésio e sódio) e ajustando o pH para a faixa ideal de cultivo, que geralmente situa-se entre 6,0 e 7,0.
Ocorrência de pH superior a 7,0, indicando baixa concentração de íons H⁺ e Al³⁺, com alta saturação por bases trocáveis.
Elevado “poder tampão”, o que significa que esses solos apresentam uma resistência química natural à mudança de pH, tornando a correção frequentemente mais desafiadora do que a neutralização da acidez.
Bloqueio químico de nutrientes, resultando em deficiências severas de micronutrientes (especialmente Ferro) e fixação de Fósforo em formas de fosfatos de cálcio insolúveis.
Prevalência em regiões com baixa pluviosidade (onde a evaporação supera a precipitação, acumulando sais) ou em áreas onde houve erro de cálculo na calagem.
Possível associação com problemas de salinidade ou sodicidade (excesso de sódio), o que pode comprometer não apenas a química, mas também a estrutura física e a infiltração de água no solo.
A análise química de solo é a ferramenta indispensável para o diagnóstico; tentar corrigir o solo baseando-se apenas em “achismos” pode agravar a alcalinidade e inviabilizar o cultivo.
Um sintoma visual clássico na lavoura é a clorose férrica, identificada pelo amarelecimento das folhas mais jovens (intervenal), indicando que a planta não consegue absorver o ferro necessário para a fotossíntese.
A reversão de um solo alcalinizado por erro de manejo (supercalagem) é lenta e custosa, reforçando a importância de um cálculo agronômico preciso antes de qualquer aplicação de corretivos.
Estratégias de correção podem envolver o uso de fertilizantes de reação ácida, aplicação de enxofre elementar ou matéria orgânica, dependendo da gravidade e da origem da alcalinidade.
O monitoramento constante é vital, pois o desequilíbrio no pH afeta diretamente a Capacidade de Troca de Cátions (CTC) e a eficiência de todo o programa de adubação da safra.
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