Previsão do Preço do Feijão em 2025: O Que o Produtor Pode Esperar?
Previsão do preço do feijão 2025: com a oferta ajustada pelo clima, o ano começa com cotações altas. Saiba o que esperar e como planejar sua venda.
2 artigos encontrados com a tag " Cotação do Feijão"
A cotação do feijão refere-se ao valor de mercado atribuído à saca de 60 quilogramas do grão, servindo como o principal indicador econômico para a comercialização desta cultura no Brasil. Diferentemente de commodities como a soja e o milho, que possuem preços fortemente atrelados às bolsas internacionais e à variação do dólar, o preço do feijão é regido predominantemente pela dinâmica interna de oferta e demanda. Como o feijão é um alimento básico na dieta brasileira e perecível a longo prazo (perdendo qualidade visual e culinária com o armazenamento prolongado), suas cotações apresentam alta volatilidade, podendo variar significativamente em curtos períodos de tempo e entre diferentes praças de comercialização.
No contexto do agronegócio brasileiro, a formação desse preço é complexa devido à existência de três safras anuais distintas: a primeira safra (águas), a segunda safra (seca) e a terceira safra (inverno/irrigada). Essa distribuição visa garantir o abastecimento constante ao longo do ano, mas cria janelas de “entressafra” onde a escassez momentânea pode elevar os preços, como frequentemente observado nos meses de janeiro e fevereiro. A cotação não é uniforme em todo o território nacional; ela varia de acordo com a região produtora (como Paraná, Minas Gerais, Goiás e São Paulo), a variedade do grão (Carioca, Preto, Caupi) e, crucialmente, a qualidade visual do produto ofertado.
Dinâmica de Três Safras: A cotação é diretamente influenciada pelo calendário agrícola brasileiro. A entrada da colheita de cada uma das três safras (águas, seca e inverno) tende a pressionar os preços para baixo devido ao aumento da oferta, enquanto os períodos de transição (entressafra) geralmente sustentam valores mais altos.
Regionalização dos Preços: Não existe um preço único nacional. As cotações variam conforme a praça de referência (ex: Bolsinha em SP, praças no PR ou MG), influenciadas pelos custos logísticos de frete e pela demanda local de empacotadores e varejistas.
Influência da Variedade: O feijão Carioca e o feijão Preto possuem mercados distintos. O Carioca, sendo o mais consumido internamente, costuma ter maior volatilidade e prêmios por qualidade, enquanto o Preto pode ter preços mais estáveis, influenciados também pela possibilidade de importação de países vizinhos.
Sensibilidade Climática: Eventos como o El Niño ou La Niña têm impacto imediato nas cotações. O excesso de chuvas na colheita (que mancha o grão) ou a seca no plantio (que reduz a produtividade) são fatores que o mercado precifica rapidamente, gerando altas abruptas quando há risco de quebra de safra.
Padrão de Qualidade: A cotação base geralmente refere-se a um produto de boa qualidade (peneira alta, cor clara no caso do Carioca). Lotes com grãos manchados, úmidos ou com defeitos sofrem deságios severos no momento da negociação.
Monitoramento da “Bolsinha”: Para o produtor, acompanhar a “Bolsinha” (mercado físico de referência em São Paulo) é essencial, pois ela atua como um termômetro para as negociações em outras regiões, indicando a tendência de alta ou baixa diária.
Janelas de Oportunidade: Historicamente, o início do ano (janeiro/fevereiro) costuma apresentar preços mais firmes devido à menor oferta remanescente da terceira safra e ao atraso ou início da colheita da primeira safra, configurando um momento estratégico para venda.
Relação Área x Preço: A redução da área plantada de feijão em favor de culturas como soja e milho tem ajustado a oferta nos últimos anos. Isso significa que, mesmo com produtividades normais, a menor área pode sustentar preços acima dos custos de produção, desde que o clima colabore.
Perecibilidade Comercial: Ao contrário de outros grãos, o feijão (especialmente o Carioca) escurece com o tempo, perdendo valor comercial. Portanto, a estratégia de “segurar” o produto esperando preços melhores deve considerar a velocidade de oxidação do grão e as condições de armazenamento.
Impacto da Inflação e Consumo: Como item essencial da cesta básica, preços excessivamente altos podem retrair levemente o consumo ou migrar a demanda para variedades mais baratas, criando um teto natural para as cotações antes que haja intervenção de mercado ou queda na demanda.
Ajude outros produtores compartilhando este conteúdo sobre Cotação do Feijão
Previsão do preço do feijão 2025: com a oferta ajustada pelo clima, o ano começa com cotações altas. Saiba o que esperar e como planejar sua venda.
Previsão para o preço do feijão: entenda como está o mercado, estimativas de produção, tendências e muito mais!