BRS 500 B2RF: Nova Cultivar de Algodão com Menor Custo e Maior Produtividade
Algodoeiro resistente a doenças: saiba tudo sobre qualidade da fibra, produtividade e vantagens da nova cultivar
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O cultivo de algodão, ou cotonicultura, refere-se ao conjunto de práticas agrícolas voltadas para a produção do algodoeiro (Gossypium hirsutum), uma das culturas mais tecnificadas e exigentes do agronegócio brasileiro. No Brasil, essa atividade concentra-se majoritariamente em regiões de Cerrado, como Mato Grosso e o oeste da Bahia (região do MATOPIBA), onde o clima e a topografia favorecem a mecanização intensiva e a obtenção de altas produtividades. O sistema produtivo brasileiro é reconhecido mundialmente pela qualidade da fibra e pelo uso de biotecnologia avançada.
Diferente de outras commodities, o cultivo de algodão demanda um gerenciamento rigoroso que vai muito além do plantio e colheita. O ciclo envolve a escolha estratégica de cultivares geneticamente modificadas para resistir a pragas e doenças específicas, como a mancha de ramulária e nematoides, visando a redução de custos com defensivos. Além disso, o processo se estende ao pós-colheita, onde o beneficiamento e o armazenamento adequado são cruciais para manter as características intrínsecas da pluma, como comprimento, resistência e índice micronaire, que determinam o valor final pago pela indústria têxtil.
A atividade é caracterizada por alto investimento inicial e riscos elevados, mas com potencial de rentabilidade proporcional. O sucesso no cultivo depende diretamente da eficiência no controle fitossanitário — dado que o algodoeiro é suscetível a diversas pragas e doenças que podem comprometer a lavoura inteira — e da preservação da qualidade do produto durante a estocagem, evitando contaminações e deterioração da fibra antes de chegar às fiações.
Alta Tecnologia Genética: O setor utiliza amplamente cultivares transgênicas que oferecem tolerância a herbicidas (como o glifosato) e resistência a lagartas e doenças fúngicas, reduzindo a necessidade de aplicações excessivas de agroquímicos.
Exigência Fitossanitária: O manejo de pragas (como o bicudo-do-algodoeiro) e doenças (como a mancha de ramulária e mancha angular) é intenso e requer monitoramento constante, podendo exigir de 4 a 12 pulverizações dependendo da pressão da doença e da resistência da cultivar.
Padrões de Qualidade Rígidos: A comercialização baseia-se em análises laboratoriais (HVI) que medem atributos físicos da fibra, como comprimento (idealmente acima de 30mm), resistência (gf/tex) e finura (micronaire), exigindo uniformidade no campo.
Regionalização da Produção: A cultura é predominante em grandes áreas do Cerrado, exigindo variedades adaptadas a ciclos médios ou tardios e porte alto, compatíveis com o regime de chuvas e janelas de plantio dessas regiões.
Complexidade Pós-Colheita: O processo produtivo inclui etapas críticas de armazenamento (em caroço ou pluma) e beneficiamento, onde o controle de umidade e impurezas é vital para evitar ágios ou deságios na comercialização.
Controle de Umidade no Armazenamento: Para evitar a fermentação e a perda de qualidade, o algodão em caroço deve ser armazenado com umidade ideal de 12%, enquanto o algodão em pluma (fardos) deve manter-se em 10%. Níveis acima de 15% na pluma iniciam processos de deterioração.
Fenômeno da Cavitomia: O contato direto dos fardos com o solo ou umidade excessiva pode causar a cavitomia (fermentação biológica), que eleva a temperatura interna da fibra, podendo provocar combustão espontânea e incêndios nos depósitos.
Impacto de Contaminantes: A presença de impurezas (cascas, penas, plásticos) no algodão colhido reduz drasticamente o valor comercial, pois dificulta o beneficiamento industrial e compromete a qualidade do fio e do tecido final.
Escolha da Cultivar: Selecionar variedades com resistência genética a problemas locais (como nematoides-das-galhas ou ramulária) é uma estratégia fundamental para proteger a margem de lucro, diminuindo o custo operacional com fungicidas e nematicidas.
Segurança no Depósito: O armazenamento de fardos exige layout específico (distanciamento de paredes e teto, corredores de acesso) e medidas de prevenção contra incêndio, dado o alto valor agregado e a inflamabilidade do produto estocado.
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