Produtividade da Soja: Como Planejar a Safra e Aumentar Ganhos
Cultura da soja: preparo do solo, escolha da cultivar, custeio, controle de estoque e muito mais. Confira agora!
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O custeio de safra refere-se à modalidade de crédito rural destinada a cobrir as despesas operacionais dos ciclos produtivos agrícolas e pecuários. No contexto do agronegócio brasileiro, trata-se de um recurso financeiro fundamental que permite ao produtor adquirir insumos essenciais (como sementes, fertilizantes e defensivos), realizar tratos culturais, pagar mão de obra e cobrir custos com maquinário desde o preparo do solo até a colheita. Diferente do crédito de investimento, que visa a aquisição de bens duráveis, o custeio foca na manutenção da atividade produtiva imediata.
Este financiamento é viabilizado principalmente através do Plano Safra, lançado anualmente pelo Governo Federal, que estipula as regras, taxas de juros (muitas vezes subsidiadas) e montantes disponíveis. O objetivo central é garantir liquidez ao agricultor no momento em que ele mais precisa desembolsar capital, evitando a descapitalização do negócio antes que a receita da venda da produção seja concretizada. O acesso a esse crédito exige planejamento técnico e financeiro, sendo uma ferramenta estratégica para a gestão de fluxo de caixa na fazenda.
Finalidade Operacional: Os recursos são estritamente direcionados para despesas correntes da produção, como aquisição de insumos, operações de máquinas, análises de solo e colheita.
Ciclo Determinado: O prazo de reembolso do financiamento é geralmente alinhado ao ciclo da cultura financiada, garantindo que o vencimento ocorra após a colheita e comercialização do produto.
Exigência de Projeto Técnico: A liberação dos recursos depende da apresentação de um orçamento ou projeto técnico elaborado por engenheiro agrônomo ou técnico habilitado, detalhando o planejamento da safra.
Vínculo com o Plano Safra: As condições de contratação, como taxas de juros e limites de crédito, seguem as diretrizes anuais do governo e variam conforme o porte do produtor (pequeno, médio ou grande).
Fiscalização de Aplicação: O uso do recurso é passível de fiscalização pelo agente financeiro para garantir que o dinheiro está sendo aplicado na lavoura e local indicados no contrato.
Planejamento Prévio: Antes de solicitar o custeio, é essencial ter um levantamento detalhado dos custos de produção históricos e estimados para evitar solicitar valores insuficientes ou excessivos, o que pode comprometer a saúde financeira.
Zoneamento Agrícola (ZARC): Para acessar o crédito de custeio oficial, a lavoura deve obrigatoriamente respeitar o Zoneamento Agrícola de Risco Climático, garantindo que o plantio ocorra na janela correta para a região e cultivar escolhida.
Garantias e Seguro: As instituições financeiras exigem garantias (como o penhor da safra futura ou hipoteca) e, na maioria dos casos, a contratação de seguro agrícola ou adesão ao Proagro para mitigar riscos climáticos.
Agilidade na Compra de Insumos: O acesso antecipado ao custeio permite ao produtor negociar insumos à vista ou em melhores condições de mercado, fugindo da alta de preços que costuma ocorrer próximo ao plantio.
Documentação e Tecnologia: O uso de softwares de gestão agrícola facilita a organização dos dados necessários para o projeto técnico, agilizando a aprovação do crédito junto aos bancos, que estão cada vez mais digitalizados.
Restrições Ambientais: A concessão do crédito de custeio está condicionada à regularidade ambiental da propriedade, sendo necessário estar em dia com o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e não possuir embargos ambientais.
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