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O que é Danos Em Grãos De Milho

Os danos em grãos de milho referem-se a qualquer alteração física, química ou biológica que comprometa a integridade, a qualidade sanitária e o valor comercial do produto final. No contexto do agronegócio brasileiro, onde o milho é uma commodity essencial tanto para a exportação quanto para o consumo interno (nutrição animal e humana), a gestão desses danos é um fator determinante para a rentabilidade da lavoura. Esses prejuízos não ocorrem apenas em um momento isolado; eles são cumulativos e podem ter origem ainda no campo, durante o desenvolvimento da espiga, passar pelo processo de colheita mecanizada e se estender até as etapas de pós-colheita e armazenamento.

A classificação oficial do milho no Brasil, regida por normativas como a Instrução Normativa nº 60/2011, estabelece limites rígidos para a presença de grãos avariados. Isso inclui grãos ardidos, mofados, quebrados, carunchados ou com impurezas. Quando um lote ultrapassa os limites de tolerância, o produtor sofre descontos severos no momento da venda ou pode ter a carga rejeitada. Além do aspecto financeiro imediato, os danos nos grãos estão frequentemente associados à contaminação por micotoxinas, substâncias tóxicas produzidas por fungos que encontram em grãos danificados o ambiente ideal para proliferação, colocando em risco a segurança alimentar.

Portanto, entender o que são esses danos vai além de identificar um grão quebrado. Trata-se de uma visão sistêmica que envolve o manejo fitossanitário para controle de pragas que ferem a espiga, a regulagem precisa das colhedoras para evitar impactos mecânicos excessivos e o monitoramento rigoroso da umidade para garantir que o grão suporte os processos de beneficiamento sem perder sua qualidade intrínseca.

Principais Características

  • Multifatorialidade: Os danos podem ser causados por agentes biológicos (insetos-praga e fungos), físicos (impacto mecânico na colheita) ou ambientais (excesso ou falta de umidade).

  • Grãos Ardidos: Uma das avarias mais graves, caracterizada pela descoloração do grão (marrom, roxo ou vermelho) devido à ação de fungos, resultando em fermentação e perda nutricional.

  • Danos Mecânicos: Incluem trincas, quebras e amassamentos, geralmente resultantes da interação agressiva entre os mecanismos da colhedora e grãos com teor de água inadequado.

  • Porta de Entrada para Patógenos: Lesões causadas por pragas (como lagartas e percevejos) ou danos mecânicos rompem a proteção natural do grão, facilitando a infecção fúngica secundária.

  • Redução de Peso e Densidade: Grãos danificados, especialmente os atacados por pragas ou fungos, apresentam menor peso específico, reduzindo o volume final da produção comercializável.

Importante Saber

  • Umidade Crítica na Colheita: Colher com umidade acima de 25% favorece o amassamento dos grãos, enquanto teores abaixo de 10% aumentam drasticamente a incidência de grãos quebrados e trincados.

  • Risco de Micotoxinas: A presença de grãos ardidos e danificados está diretamente ligada a níveis elevados de micotoxinas, o que pode inviabilizar o uso do milho para ração animal e consumo humano.

  • Manejo de Pragas: O controle de insetos como a lagarta-da-espiga e o percevejo deve ser rigoroso, pois eles causam os ferimentos iniciais que levam ao apodrecimento dos grãos.

  • Regulagem de Maquinário: A calibração correta da colhedora (velocidade do cilindro, abertura do côncavo) é a principal medida preventiva contra danos mecânicos e excesso de impurezas no lote.

  • Infestação Pré-Colheita: Pragas de armazenamento, como carunchos, podem iniciar o ataque ainda no campo se as espigas estiverem mal empalhadas ou expostas, exigindo monitoramento antes mesmo de o grão ir para o silo.

  • Impacto Financeiro: As tabelas de classificação de grãos aplicam descontos progressivos baseados na porcentagem de avarias; portanto, a prevenção é sempre mais econômica do que o tratamento pós-colheita.

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