O que é De Onde Vem O Pulgao Das Plantas

A questão sobre a origem dos pulgões nas lavouras é fundamental para entender a dinâmica populacional desta praga e estabelecer estratégias de manejo preventivo. Ao contrário da crença popular de que surgem espontaneamente, os pulgões (família Aphididae) chegam às culturas agrícolas principalmente através de processos de migração e dispersão. A infestação inicial geralmente ocorre pela introdução de materiais vegetais contaminados, como mudas e sementes que já carregam ovos ou ninfas, ou pela chegada de formas aladas (com asas) trazidas pelo vento de áreas vizinhas.

No contexto do agronegócio brasileiro, a presença constante de “pontes verdes” — como plantas daninhas, culturas voluntárias (tigueras) e lavouras vizinhas — favorece a permanência e o deslocamento desses insetos durante o ano todo. Os pulgões são insetos polífagos, capazes de sobreviver em diversas espécies vegetais antes de migrarem para a cultura principal. Quando as condições ambientais são favoráveis ou a planta hospedeira original entra em senescência, as formas aladas se desenvolvem e voam em busca de novas plantas vigorosas para colonizar, dando início a novas “reboleiras” de infestação.

Além da migração física, a “origem” da explosão populacional na lavoura está ligada à sua capacidade reprodutiva. Uma vez instalados, os pulgões podem se reproduzir por partenogênese (reprodução assexuada sem necessidade de macho), gerando clones de forma extremamente rápida. Isso significa que um único indivíduo que chega à lavoura pode dar origem a uma colônia massiva em poucos dias, especialmente se a planta estiver sob estresse hídrico ou nutricional, condições que alteram a fisiologia vegetal e tornam a seiva mais atrativa para a praga.

Principais Características

  • Dispersão por formas aladas: A colonização de novas áreas é realizada majoritariamente por pulgões adultos que desenvolvem asas, permitindo que sejam carregados pelo vento por longas distâncias até encontrarem novas lavouras.
  • Vetores em material propagativo: Uma fonte comum de infestação primária é o uso de mudas, transplantes ou sementes que não passaram por um controle fitossanitário rigoroso, introduzindo a praga diretamente no campo.
  • Reservatórios naturais: Plantas daninhas e restos culturais funcionam como hospedeiros alternativos, mantendo a população de pulgões ativa na entressafra até que a nova cultura comercial seja estabelecida.
  • Reprodução acelerada: O ciclo biológico curto (15 a 25 dias) e a capacidade de reprodução assexuada permitem que pequenas populações iniciais cresçam exponencialmente em curto espaço de tempo.
  • Atração por estresse vegetal: Plantas que sofrem com falta de água ou desequilíbrio nutricional liberam compostos voláteis e alteram a composição da seiva, atraindo ativamente os pulgões que estão no ambiente.

Importante Saber

  • Monitoramento de bordaduras: Como a infestação muitas vezes vem de áreas externas trazida pelo vento, o monitoramento deve ser intensificado nas bordas da lavoura e no sentido dos ventos predominantes.
  • Identificação de reboleiras: O ataque inicial não costuma ser uniforme; ele começa em pequenos focos concentrados (reboleiras). Identificar e controlar esses focos rapidamente impede a dispersão total.
  • Controle de plantas daninhas: Eliminar plantas invasoras e tigueras dentro e ao redor da lavoura é uma medida profilática essencial para destruir os “abrigos” de onde os pulgões migram para a cultura principal.
  • Danos diretos e indiretos: Além de sugar a seiva e reduzir o vigor da planta, a origem do pulgão é preocupante pois ele pode chegar já infectado com vírus, transmitindo doenças logo nas primeiras picadas de prova.
  • Condições climáticas: Períodos de estiagem e temperaturas elevadas (entre 25°C e 27°C) favorecem a reprodução e o encurtamento do ciclo da praga, exigindo maior vigilância do produtor nessas épocas.
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