Defensivos Genéricos vs. de Marca: Qual a Melhor Escolha para Sua Lavoura?
Defensivos agrícolas genéricos: entenda o que são, principais diferenças com os produtos de referência e outras informações!
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Temos um artigo detalhado e exclusivo sobre este assunto.
Ler o Guia Principal sobre Defensivos Agrícolas Genéricos →Os defensivos agrícolas genéricos são produtos fitossanitários formulados com o mesmo ingrediente ativo de um produto de referência (conhecido como produto de marca ou especialidade) cuja patente comercial já expirou. No Brasil, a legislação de patentes garante exclusividade temporária à empresa que desenvolveu a molécula, geralmente por um período de até 20 anos. Após o término desse prazo, a “receita” do princípio ativo torna-se de domínio público, permitindo que outras indústrias químicas fabriquem e comercializem soluções com o mesmo mecanismo de ação, o que amplia a oferta de insumos no mercado.
No contexto do agronegócio brasileiro, os genéricos assumiram um papel protagonista na gestão de custos das propriedades rurais. Estatísticas do setor apontam que o volume de aquisição desses produtos supera largamente o de produtos de marca, representando a grande maioria dos novos registros aprovados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Essa alta adesão reflete a busca do produtor por eficiência técnica combinada com a necessidade de manter a rentabilidade da lavoura, visto que os genéricos tendem a ter custos mais competitivos por não carregarem os investimentos iniciais de pesquisa e desenvolvimento da molécula.
Contudo, é fundamental que o produtor e o técnico compreendam que “genérico” não significa necessariamente “idêntico” em todos os aspectos. Embora o ingrediente ativo — a substância que efetivamente controla a praga, doença ou planta daninha — seja o mesmo, a formulação completa pode variar. Isso significa que a tecnologia embarcada nos componentes inertes e a concentração do produto podem diferir do original, exigindo conhecimento técnico para o posicionamento correto no campo.
Identidade do Ingrediente Ativo: A característica fundamental é a presença da mesma molécula ativa do produto de referência, assegurando que o modo de ação sobre o alvo biológico seja o mesmo.
Variações na Formulação: Embora o ativo seja igual, os ingredientes inertes, solventes e adjuvantes (substâncias que melhoram a aplicação) podem ser diferentes, o que pode alterar propriedades como a estabilidade da calda e a absorção foliar.
Diferenças de Concentração: É comum encontrar genéricos com concentrações de ingrediente ativo (gramas por litro ou quilo) distintas do produto de marca, o que impacta diretamente o cálculo da dosagem por hectare.
Processo de Registro Rigoroso: Para serem comercializados, os genéricos passam pelas mesmas avaliações agronômicas, toxicológicas e ambientais exigidas para os produtos de marca, garantindo segurança e eficácia quando usados conforme a bula.
Classificação de Mercado: Podem ser divididos em genéricos “puros” (focados em similaridade e custo) e genéricos “diferenciados” (que trazem inovações na formulação para entregar benefícios extras).
Ajuste de Dosagem: Nunca assuma que a dose do genérico é igual à do produto de marca que você costumava usar; verifique sempre a concentração na bula para recalcular a quantidade necessária e garantir a eficiência do controle.
Qualidade da Mistura: Devido às diferenças nos componentes inertes, a compatibilidade em misturas de tanque pode variar entre um produto de marca e um genérico; testes de pré-mistura são recomendados.
Custo-Benefício Real: Avalie não apenas o preço por litro, mas o custo por hectare tratado e a confiabilidade do fabricante, pois formulações de baixa qualidade podem exigir reaplicações.
Eficácia Comprovada: O desempenho agronômico dos genéricos é validado pelos órgãos reguladores, portanto, falhas de controle geralmente estão associadas a erros de aplicação ou dosagem, e não necessariamente à origem do produto.
Orientação Profissional: A substituição de um produto de marca por um genérico deve ser sempre acompanhada por um receituário agronômico emitido por um profissional habilitado, que considerará as especificidades da cultura e do alvo.
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